Queda de cabelo precisa de investigação médica e não de soluções genéricas. É o que afirma o médico Dr. Rafael Nastri (CRM MG 80470 | CRM SP 256671), especializado em cuidados com pele e cabelo. Ele explica que perder fios diariamente é algo esperado e fisiológico, mas quando a queda passa dos limites, não adianta apostar em vitaminas ou produtos populares sem saber a real causa.
Para o especialista, queda capilar não é uma condição em si, mas sim uma consequência de algo mais profundo — e esse algo precisa ser investigado. Sem um diagnóstico correto, o tempo perdido pode significar fios que não voltam a crescer.
Quanta queda de cabelo é considerada normal?
De acordo com o Dr. Rafael, é comum que uma pessoa perca de 50 a 150 fios de cabelo por dia, devido ao ciclo natural de renovação do couro cabeludo. Essa quantidade varia de acordo com fatores como estação do ano, tipo de cabelo e até genética. No entanto, quando a queda se intensifica e começa a comprometer o volume capilar, é hora de ligar o alerta.
Perder fios durante o banho ou ao pentear os cabelos nem sempre indica problema, mas quando isso se torna constante e visivelmente exagerado, vale buscar ajuda especializada. O olhar de um dermatologista é essencial para determinar se é algo temporário ou mais sério.
Quais são as causas mais comuns da queda de cabelo?
A queda capilar pode ser desencadeada por diversos fatores, como deficiências nutricionais, anemia, distúrbios na tireoide, alterações hormonais, estresse, pós-parto ou uso de medicamentos. Doenças inflamatórias e cicatriciais do couro cabeludo também estão entre as causas que precisam de atenção.
Por isso, o Dr. Rafael alerta: suplementos, vitaminas ou xampus milagrosos não resolvem a raiz do problema. O ideal é investigar por meio de exames físicos e laboratoriais, conduzidos por um médico capacitado, que possa identificar o real motivo da queda.
Existe tratamento para a queda de cabelo?
Sim, mas o tratamento depende diretamente da causa identificada. Quando a origem é nutricional, ajustes na dieta e suplementações específicas podem resolver. Se a origem for hormonal, o acompanhamento pode envolver endocrinologista. Já em casos de alopecia androgenética ou doenças autoimunes, o tratamento exige uma abordagem combinada.

Dr. Rafael reforça que não existe fórmula mágica ou pílula universal. A personalização do tratamento é indispensável para obter resultados duradouros, e isso só é possível com avaliação clínica e exames detalhados.
Quando procurar um dermatologista para investigar a queda?
Se a queda ultrapassa os padrões normais, dura mais de três meses ou há falhas visíveis no couro cabeludo, é essencial procurar ajuda. O diagnóstico precoce aumenta as chances de reverter a situação e preservar os fios existentes.
Segundo diretrizes da Sociedade Brasileira de Dermatologia, doenças como alopecia areata ou eflúvio telógeno precisam de tratamento específico, e quanto antes começar, melhor o prognóstico. O tempo perdido tentando soluções caseiras ou produtos genéricos pode significar perda definitiva dos fios.
O que não fazer diante da queda de cabelo?
O Dr. Rafael destaca alguns erros comuns: usar elásticos apertados, prender o cabelo molhado, abusar de calor e químicas sem cuidado, além de se automedicar com suplementos ou loções sem orientação. Esses hábitos podem agravar a situação e mascarar o problema real.
Outro alerta importante: nem todo produto “fortalecedor” vendido em farmácia é eficaz para todos os tipos de queda. Sem saber a origem do problema, qualquer tentativa de tratamento pode ser ineficaz ou até prejudicial.
Fontes oficiais consultadas
- Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD): www.sbd.org.br
- Ministério da Saúde (Brasil): www.gov.br/saude
- Organização Mundial da Saúde (OMS): www.who.int