Tonsilectomia é cirurgia comum, mas nem sempre necessária. A pediatra Dra. Aline Cunha explica quatro alternativas que podem manter a amídala saudável sem remoção cirúrgica, especialmente em casos de amigdalite recorrente. São tratamentos complementares que fortalecem a imunidade e aliviam sintomas — tudo com base em evidência clínica e sem risco cirúrgico.
Ela ressalta que não há conflito de interesse comercial e que nenhuma dessas opções substitui a avaliação médica individualizada. A decisão sobre cirurgia deve ser feita em conjunto com pediatra e otorrinolaringologista, após avaliação criteriosa.
Quais são as opções antes de pensar na cirurgia?
A primeira alternativa é o Adenon, uma medicação antroposófica usada por ao menos seis meses, indicada para estimular o equilíbrio do sistema imune. É bem tolerada em crianças e adultos e pode reduzir a frequência e intensidade das inflamações nas amígdalas.
A segunda opção é o Linfomiosote, um medicamento anti-homotóxico que facilita a drenagem local e ajuda a prevenir infecções recorrentes, agindo como imunomodulador. O uso contínuo costuma trazer melhora nos quadros repetidos de dor e desconforto.
O que é o Broncovaxon e como ele ajuda?
A terceira opção é o Broncovaxon, um lisado bacteriano pronto que estimula o sistema imunológico a criar anticorpos específicos contra bactérias relacionadas à amigdalite. Ele funciona como um treinamento para o sistema de defesa e reduz a incidência de infecções repetidas.
Imunoterapia bacteriana: solução personalizada?
Por fim, a imunoterapia bacteriana manipulada permite formular um tratamento específico com bactérias adequadas ao perfil de cada paciente. Suspensões personalizadas visam estimular a resposta imunológica de forma mais precisa, oferecendo alternativa altamente individualizada.

Quando considerar essas opções?
Todas essas abordagens podem ser testadas antes de indicar a remoção das amígdalas, especialmente quando a cirurgia é motivada por inflamações recorrentes, sem complicações graves como abscesso periamigdaliano ou apneia. A amídala exerce função imunológica relevante na infância e, quando retirada sem necessidade real, pode impactar a defesa do organismo.
A indicação cirúrgica deve ocorrer somente após avaliação médica completa e considerar fatores clínicos, anatômicos e de recorrência dos episódios. Essas alternativas oferecem chance de evitar cirurgia preservando função e qualidade de vida.
Fontes oficiais consultadas
- Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP): www.sbp.org.br
- Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – imunoterapia e terapias complementares: www.fiocruz.br
- Ministério da Saúde (Brasil): www.gov.br/saude