O surto de dengue nas Américas em 2025 atingiu níveis recordes, gerando preocupações significativas em saúde pública. O aumento dos casos cria desafios para governos e comunidade científica, exigindo medidas eficazes de controle. Aqui estão três pontos-chave sobre a situação:
- Aumento alarmante nos casos de dengue em diversos países da América Latina.
- Impacto socioeconômico significativo devido às altas taxas de infecção.
- Desafios enfrentados pelos sistemas de saúde locais para controlar o surto.
Por que o surto de dengue atingiu recordes em 2025?
As mudanças climáticas tiveram um papel crucial no aumento dos casos de dengue. O aumento das temperaturas e a intensificação de eventos climáticos extremos, como o fenômeno El Niño, criam condições ideais para a proliferação dos mosquitos Aedes aegypti, principais vetores da doença. O fenômeno El Niño é conhecido por aumentar as temperaturas e as chuvas em determinadas regiões, criando condições ideais para a reprodução do mosquito Aedes aegypti.
Além disso, a mobilidade humana intensificada entre países sem controle rigoroso contribuiu para a disseminação rápida do vírus da dengue. Lugares como Brasil, Argentina e Colômbia registraram picos significativos no número de casos, segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde.
Impactos socioeconômicos do surto de dengue
O surto de dengue em 2025 trouxe desafios econômicos massivos para as Américas. Governos enfrentaram custos elevados com tratamentos e ações preventivas. A ausência prolongada de trabalhadores devido à infecção por dengue afetou a produtividade de várias indústrias.
Ao mesmo tempo, o setor de saúde ficou sobrecarregado, gerando impactos significativos no atendimento a outras doenças. Em cidades como São Paulo e Buenos Aires, filas em hospitais aumentaram e houve relatos de faltas de leitos para casos graves.

Quais são os desafios para a contenção da dengue?
Um dos principais desafios na contenção da dengue é a eliminação dos locais de reprodução dos mosquitos. Apesar dos esforços em campanhas de conscientização, muitos locais ainda sofrem com má gestão de resíduos e coleta irregular de lixo.
Além disso, a resistência do mosquito Aedes aegypti a inseticidas, como os piretróides e organofosforados, exige inovação na busca de novas soluções de controle.
Estudos indicam que a resistência do Aedes aegypti a inseticidas pode ser revertida com a interrupção do uso do produto e a adoção de métodos alternativos de controle.
O método Wolbachia consiste na introdução de uma bactéria nos mosquitos Aedes aegypti, que impede a transmissão do vírus da dengue para os humanos. Esta alternativa tem sido testada em cidades como Rio de Janeiro e Medellín, com resultados positivos na redução dos casos da doença.
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Como podemos combater a dengue: Estratégias eficazes
Governos podem implementar programas de monitoramento mais eficazes para identificar surtos de forma precoce. Campanhas educacionais são essenciais para ensinar comunidades a eliminar potenciais criadouros de mosquitos. O investimento em pesquisas para vacinas e métodos de controle biológico, como o uso da bactéria Wolbachia, representa um caminho promissor para minimizar a dengue no futuro.
Os principais aprendizados do surto de 2025
- Importância de medidas preventivas já conhecidas, como eliminação de criadouros de mosquitos e uso de repelentes.
- Necessidade urgente de inovação em tratamentos e métodos de controle para superar a resistência dos mosquitos.
- Ações de conscientização devem ser constantes para minimizar os impactos sociais e econômicos da doença.