Nesta época do ano, é comum notar como algumas pessoas estão sempre agasalhadas, enquanto outras parecem imunes ao frio. Esse fenômeno de sentir mais frio pode ter diversas explicações. A seguir, vamos explorar as principais razões para essa diferença de sensibilidade térmica:
- Metabolismo: como o ritmo metabólico afeta a sensação térmica.
- Composição corporal: o papel da gordura e dos músculos na regulação da temperatura.
- Fatores hormonais: como alterações hormonais podem influenciar a percepção do frio.
O metabolismo afeta a sensação térmica?
O metabolismo desempenha um papel crucial na forma como percebemos o frio. Pessoas com metabolismo mais rápido tendem a queimar calorias de forma mais eficiente, gerando mais calor corporal. Isso pode explicar por que algumas pessoas raramente sentem frio, mesmo em ambientes mais gelados. Um exemplo clássico pode ser observado em atletas de países frios, como Noruega ou Canadá, onde seu metabolismo acelerado ajuda na adaptação às baixas temperaturas.
No entanto, é importante destacar que um metabolismo mais lento não é necessariamente algo negativo, apenas uma variação natural entre indivíduos.
Como a composição corporal influencia a sensação de frio?
A composição corporal também tem um impacto significativo na percepção do frio. A gordura corporal age como um isolante térmico, ajudando a preservar o calor do corpo. Isso significa que pessoas com maior porcentagem de gordura podem sentir menos frio.
Por outro lado, a massa muscular gera calor durante a contração, fazendo com que indivíduos mais musculosos possam ter mais tolerância a baixas temperaturas. Pesquisas da Universidade de São Paulo mostram que o percentual de gordura pode influenciar significativamente a percepção térmica em moradores do Rio de Janeiro durante os meses de inverno.

Os hormônios podem alterar a sensibilidade ao frio?
Fatores hormonais são outra variável que pode alterar como sentimos o frio. Alterações nos níveis hormonais, como durante o ciclo menstrual, podem influenciar a forma como o corpo regula sua temperatura.
Além disso, condições como a tireoide hipoativa podem diminuir a capacidade do corpo de produzir calor, levando a uma maior sensação de frio. Estudos recentes publicados na British Medical Journal apontam que pacientes com doenças tireoidianas relatam uma diferença significativa na sensação térmica ao longo do ano.
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Como ajustar a sensibilidade ao frio?
Embora algumas variáveis que afetam a percepção do frio sejam inatas, há maneiras de ajustar a sensibilidade a temperaturas mais baixas. Aqui estão algumas dicas:
- Vestir-se em camadas para melhor isolamento.
- Praticar exercícios regularmente para aumentar a massa muscular.
- Garantir uma alimentação balanceada para otimizar o metabolismo.
Entenda e adapte-se ao seu corpo
- Diferentes fatores como metabolismo e composição corporal afetam a percepção do frio.
- Hormônios também podem desempenhar um papel na sensibilidade térmica.
- Ajustar hábitos pode ajudar a equilibrar como sentimos frio.
Compreender essas diferenças pode ajudar a adaptar seu estilo de vida e aumentar seu conforto em climas mais frios, seja no Brasil, nos Estados Unidos ou em qualquer outro lugar do mundo.