A médica oncologista Dra. Vivian Coski (CRM/SP 130453 – RQE 42024) alerta que alguns sinais, muitas vezes negligenciados, podem indicar câncer de pâncreas. Pela gravidade e pela dificuldade de diagnóstico precoce, reconhecer esses sintomas pode fazer toda a diferença na busca por ajuda médica rápida e adequada.
Segundo a especialista, dores persistentes, especialmente na parte superior do abdômen, alterações em exames de sangue e sintomas gastrointestinais que não melhoram com tratamentos comuns, merecem atenção. O câncer de pâncreas costuma ser silencioso nos estágios iniciais, o que reforça a importância da observação cuidadosa do próprio corpo.
Quais dores podem indicar câncer de pâncreas?
Um dos sinais mais frequentes observados pela Dra. Vivian Coski é a dor abdominal alta, descrita como uma sensação em “faixa” que se espalha para as costas. Esse tipo de dor pode durar semanas e, muitas vezes, leva o paciente a procurar diversos especialistas sem que o problema seja identificado de imediato.
Outro tipo de dor associada à doença é a epigastralgia, localizada na região do estômago. Quando não há melhora mesmo após endoscopia e tratamentos indicados para distúrbios gastrointestinais comuns, é fundamental investigar causas mais graves, incluindo o câncer de pâncreas.
O que significa leucocitose e por que ela merece atenção?
A leucocitose é o aumento no número de células de defesa do sangue, detectado em exames laboratoriais de rotina. Embora possa estar ligada a infecções, inflamações ou outras condições, a Dra. Vivian destaca que, em sua prática clínica, já atendeu pacientes com esse achado associado ao diagnóstico de câncer de pâncreas.

O alerta é para que resultados alterados, mesmo em pessoas jovens e aparentemente saudáveis, sejam investigados com cuidado. O acompanhamento médico especializado é essencial para diferenciar causas benignas de condições mais sérias.
Por que o diagnóstico precoce é um desafio?
O câncer de pâncreas é conhecido por não apresentar sintomas claros nas fases iniciais, o que dificulta seu reconhecimento precoce. Muitas manifestações podem ser confundidas com problemas ortopédicos, gastrointestinais ou até estresse.
Essa ausência de sinais específicos faz com que, muitas vezes, o diagnóstico ocorra em estágios mais avançados, reduzindo as opções de tratamento. Por isso, manter atenção a mudanças persistentes no corpo é essencial para procurar ajuda médica rapidamente.
Quando procurar um médico?
Sempre que houver dor abdominal persistente por mais de três semanas, sintomas gastrointestinais sem explicação clara ou alterações repetidas em exames de sangue, é importante buscar avaliação médica. O especialista poderá indicar exames de imagem e laboratoriais para investigar a origem do problema.
Manter um histórico atualizado de saúde e compartilhar detalhes com o médico ajuda no diagnóstico, já que pequenas informações podem ser decisivas para direcionar a investigação.
Fontes oficiais consultadas:
- Ministério da Saúde – https://www.gov.br/saude
- Instituto Nacional de Câncer (INCA) – https://www.inca.gov.br
- Organização Mundial da Saúde (OMS) – https://www.who.int