O Dr. Bruno Monteze, médico e especialista em saúde metabólica, chama a atenção para um sinal físico que muitas pessoas ignoram: a barriga estufada em formato de “maçã”. Segundo ele, esse pode ser um indício de resistência à insulina, condição que frequentemente antecede o diabetes tipo 2 e está associada a diversos problemas de saúde.
Mesmo quem ainda não recebeu um diagnóstico pode estar em risco. Identificar sinais precoces e agir preventivamente é fundamental para preservar a saúde e evitar complicações futuras. O médico apresenta um dos pilares mais importantes para controlar e prevenir essa condição: a alimentação consciente e estratégica.
O que é resistência à insulina e por que ela é perigosa?
A resistência à insulina acontece quando as células do corpo deixam de responder de forma eficiente ao hormônio insulina, responsável por transportar a glicose para dentro das células e regular o açúcar no sangue. Isso obriga o pâncreas a produzir mais insulina, gerando um desequilíbrio que pode evoluir para diabetes tipo 2.
De acordo com o Ministério da Saúde, essa condição está fortemente ligada à obesidade abdominal e ao sedentarismo, além de aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Por isso, reconhecer o problema e adotar mudanças no estilo de vida é essencial.
Como identificar a “barriga em forma de maçã”?
Segundo o Dr. Bruno Monteze, a chamada barriga em formato de maçã se caracteriza por um acúmulo de gordura na região abdominal, deixando o abdômen estufado. Esse tipo de gordura, conhecida como visceral, envolve órgãos internos e está associada a maior risco metabólico.
O acúmulo de gordura nessa região é mais perigoso do que o excesso em outras partes do corpo, pois está diretamente relacionado a alterações hormonais, inflamação crônica e resistência à insulina. Observar mudanças na silhueta pode ser um passo importante para buscar avaliação médica.
Por que a alimentação é o pilar mais importante no controle?
O especialista reforça que a dieta é a principal ferramenta para reduzir a resistência à insulina. Alimentos ricos em carboidratos simples, como açúcar, pães, massas e doces, estimulam picos de insulina e devem ser consumidos com moderação.

Aprender a identificar os macronutrientes no prato — proteínas, gorduras e carboidratos — é essencial. Essa consciência permite fazer escolhas mais equilibradas, priorizando proteínas magras, gorduras boas e carboidratos de baixo índice glicêmico, que ajudam a estabilizar a glicose no sangue.
Qual a relação entre carboidratos e resistência à insulina?
Quando consumidos em excesso, os carboidratos aumentam rapidamente a glicose no sangue, exigindo maior produção de insulina pelo corpo. Ao longo do tempo, essa sobrecarga contribui para o desenvolvimento da resistência.
O Dr. Bruno Monteze orienta que, ao montar uma refeição, o paciente saiba diferenciar cada tipo de alimento e faça substituições inteligentes, optando por versões integrais, frutas com baixo teor de açúcar e vegetais, que ajudam a manter o equilíbrio metabólico.
Quais mudanças simples já podem ser aplicadas?
Reduzir o consumo de carboidratos refinados, incluir mais fibras na dieta, praticar atividade física regularmente e manter um peso saudável são passos iniciais para melhorar a sensibilidade à insulina. Além disso, manter consultas médicas e exames de rotina é indispensável para acompanhar a evolução e ajustar as estratégias de prevenção.
O recado do Dr. Bruno Monteze é claro: compreender o impacto da alimentação no metabolismo é o primeiro passo para evitar complicações graves e conquistar mais saúde e qualidade de vida.
Fontes oficiais
- Ministério da Saúde – www.gov.br/saude
- Organização Mundial da Saúde – www.who.int
- Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – www.endocrino.org.br