O nutricionista Matheus D’Ávila, reconhecido por sua abordagem prática e direta sobre alimentação, destaca que muitos hábitos alimentares prejudiciais não estão relacionados ao alimento em si, mas à forma e à frequência com que ele é consumido. Segundo ele, entender essa diferença é fundamental para quem busca emagrecer ou manter um estilo de vida saudável.
A mensagem é simples: não é necessário cortar completamente alimentos comuns do dia a dia, mas sim ajustar a quantidade e evitar acompanhamentos que aumentam o valor calórico e reduzem a qualidade nutricional da refeição.
O problema não está nos ovos, mas no preparo
O ovo é um alimento nutritivo, rico em proteínas e vitaminas, mas perde parte de seus benefícios quando preparado com excesso de óleo ou manteiga. O acúmulo de gordura saturada pode aumentar o consumo calórico e impactar negativamente a saúde cardiovascular. A recomendação é optar por métodos de preparo mais leves, como ovos cozidos, pochê ou mexidos com pouca gordura.
Açúcar no café: um vilão disfarçado
O café, quando consumido sem açúcar, pode ser uma bebida benéfica graças aos antioxidantes e ao efeito estimulante da cafeína. Porém, adicionar grandes quantidades de açúcar transforma essa bebida em uma fonte extra de calorias vazias, favorecendo o ganho de peso e aumentando o risco de doenças metabólicas.
Leite e achocolatado: combinação que exige moderação
O leite é fonte importante de cálcio e proteínas, mas, quando misturado a achocolatados ricos em açúcar, perde parte de seu valor nutricional. Esse hábito eleva rapidamente a ingestão de açúcares simples, que em excesso contribuem para o aumento de gordura corporal e desequilíbrios na glicemia.
Pão: a quantidade faz toda a diferença
O pão, especialmente o integral, pode fazer parte de uma dieta equilibrada, fornecendo carboidratos e fibras. O problema surge quando o consumo é exagerado, aumentando a ingestão calórica e prejudicando o controle do peso. A moderação e a escolha de opções mais nutritivas são essenciais.

Refrigerante diário: risco para a saúde
O consumo eventual de refrigerante não representa grande ameaça, mas o hábito de ingerir a bebida diariamente aumenta o risco de obesidade, resistência à insulina e problemas dentários. O ideal é reduzir ao máximo a frequência e, sempre que possível, substituí-lo por água, sucos naturais ou chás sem açúcar.
Como melhorar a alimentação sem cortar tudo?
Segundo Matheus D’Ávila, a chave está no equilíbrio: reduzir quantidades, escolher preparos mais saudáveis e evitar excessos que, com o tempo, prejudicam a saúde. Pequenas mudanças na rotina alimentar podem gerar grandes resultados sem a necessidade de dietas restritivas.
Fontes oficiais
- Ministério da Saúde – www.gov.br/saude
- Organização Mundial da Saúde (OMS) – www.who.int