O médico Paulo Muzy (CRM-SP 115573), conhecido por seu conteúdo sobre saúde e treinamento, compartilha uma reflexão que vai além do exercício físico: a importância de fazer o que é necessário, mesmo que não seja prazeroso. Em um relato pessoal, ele admite que não gosta de exercícios aeróbicos, mas mantém a prática como forma de preservar sua saúde cardiovascular e por entender seu papel como profissional da área.
O tema é relevante porque o sedentarismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. Segundo o órgão, a atividade física regular reduz significativamente o risco de infartos, AVCs e outras complicações, mesmo quando a prática não é a preferida da pessoa.
Por que Paulo Muzy insiste em fazer aeróbico mesmo não gostando?
Paulo Muzy é direto: ele não sente prazer em fazer exercícios aeróbicos, considerando-os solitários e pouco estimulantes. Ainda assim, ele entende que, como homem, possui maior predisposição a problemas cardiovasculares e que manter o hábito é essencial para prolongar a expectativa e a qualidade de vida.
A decisão de manter o aeróbico, mesmo contra a própria vontade, mostra que saúde não deve depender apenas de motivação ou gosto pessoal, mas também de disciplina e consciência sobre riscos. Esse comportamento é respaldado por estudos da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que indicam que 150 minutos semanais de atividade aeróbica moderada já trazem benefícios significativos para o coração.
Qual é a relação entre exercício aeróbico e saúde cardiovascular?
O exercício aeróbico melhora a circulação sanguínea, ajuda a controlar a pressão arterial e otimiza o uso de oxigênio pelo corpo. Além disso, contribui para a redução de gordura corporal e melhora da resistência física, fatores importantes para prevenir doenças crônicas.
De acordo com o Ministério da Saúde, o sedentarismo é responsável por aumentar em até 30% o risco de doenças cardíacas. A prática regular, mesmo em pequenas sessões, já pode proporcionar ganhos importantes para quem busca longevidade saudável.
O que Paulo Muzy chama de “responsabilidade social” na saúde?
Além da própria saúde, Paulo Muzy ressalta seu papel como médico e comunicador. Para ele, profissionais da área devem compartilhar informações confiáveis e baseadas em experiência e ciência, não apenas opiniões populares. Isso reforça a ideia de que a divulgação de hábitos saudáveis também é uma forma de impactar positivamente a sociedade.

Segundo ele, essa postura significa orientar as pessoas sobre o que realmente funciona, independentemente de tendências ou críticas, ajudando a combater a desinformação e incentivando práticas sustentáveis de cuidado com o corpo.
Como encontrar motivação para praticar exercícios que você não gosta?
Nem sempre o exercício mais importante para a saúde é o que a pessoa mais gosta. A chave está em criar estratégias para torná-lo mais suportável, como incluir companhia, ouvir música ou acompanhar transmissões ao vivo, como faz Paulo Muzy.
Essa abordagem aumenta a aderência e transforma uma obrigação em parte da rotina. O Conselho Federal de Educação Física recomenda que, mesmo em atividades menos prazerosas, manter a constância é fundamental para que os benefícios se acumulem ao longo do tempo.
Vale a pena fazer algo apenas por disciplina e não por prazer?
Sim, especialmente quando envolve saúde e prevenção de doenças graves. Paulo Muzy mostra que a disciplina pode ser um motor tão poderoso quanto a motivação. Ao incorporar atividades necessárias na rotina, mesmo sem entusiasmo, é possível colher resultados duradouros e proteger o corpo de riscos evitáveis.
A lição que fica é clara: nem sempre cuidar da saúde significa fazer apenas o que se gosta, mas sim o que é preciso para viver mais e melhor.
Fontes oficiais
- Organização Mundial da Saúde – www.who.int
- Ministério da Saúde – www.gov.br/saude
- Sociedade Brasileira de Cardiologia – www.cardiol.br