Júlio Luchmann (@julioluchmann), fitoterapeuta clínico e neurocientista, apresenta o mentruz, planta medicinal popular no Brasil e conhecida em algumas regiões também como mastruz. Ele alerta, no entanto, para não confundir o mentruz com o mastruço, que é uma planta diferente.
Segundo Júlio, o mentruz é resistente, cresce facilmente em diversos ambientes e pode ser incorporado à alimentação ou utilizado em preparações caseiras. Seu uso tradicional está relacionado ao alívio de condições inflamatórias e respiratórias.
O que é o mentruz?
O mentruz (Lepidium sativum) é uma planta herbácea da família Brassicaceae, cultivada e utilizada tradicionalmente na culinária e na fitoterapia. É conhecida pelo sabor levemente picante e pelo aroma característico.
Por ser de fácil cultivo, pode ser encontrada em quintais, hortas e até em terrenos baldios. Além do uso culinário, a medicina popular utiliza suas folhas e sementes em infusões e preparos para diversos fins.
Quais são os usos tradicionais?
De acordo com Júlio, o mentruz é usado popularmente para auxiliar no alívio de sintomas de rinite, sinusite, artrite e outras condições inflamatórias. Também é consumido cru, em saladas, ou processado em chás e preparações com mel ou bebidas alcoólicas, como licor artesanal.

Em algumas regiões, é incorporado a receitas caseiras como xaropes, devido ao seu sabor marcante e potencial efeito descongestionante.
Há comprovação científica?
O uso do mentruz como planta medicinal é respaldado por sua composição nutricional, que inclui compostos bioativos como glucosinolatos, vitaminas e minerais. No entanto, a comprovação científica para tratamentos específicos ainda é limitada, e seu consumo deve ser complementar, não substituindo orientações médicas.
A Embrapa e o Ministério da Saúde recomendam cautela com plantas medicinais, especialmente em casos de uso frequente ou em grandes quantidades, e indicam buscar orientação profissional.
Como consumir com segurança?
O mentruz pode ser consumido cru, cozido ou em forma de infusão. Para uso medicinal, é importante seguir receitas tradicionais com moderação, evitando excessos. Pessoas com alergias ou condições de saúde específicas devem consultar um profissional antes de incluir a planta na dieta.
Fontes oficiais
- Embrapa: https://www.embrapa.br
- Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude
- Plantas Medicinais no Brasil – Instituto Plantarum: https://www.plantarum.com.br