A busca por autoaceitação é um desafio para muitas pessoas que não se encaixam nos padrões estéticos atuais. O Dr. Gabriel Paiva, psiquiatra, professor e terapeuta (CRM 180821 / RQE 94269), explica que autoestima verdadeira não está ligada ao corpo perfeito, roupas caras ou à aprovação dos outros.
Segundo o especialista, autoestima precisa ser interna e incondicional. Isso significa que não deve depender de conquistas externas ou comparações sociais, mas sim de uma avaliação justa de si mesmo, reconhecendo qualidades e limitações com serenidade.
O que é autoestima condicional?
Muitas vezes as pessoas associam autoestima a fatores externos. Pensam: “Vou me arrumar para melhorar minha autoestima” ou “Preciso ir à academia para me sentir bem comigo mesmo”. Essa é uma visão chamada de autoestima condicional, porque depende de algo fora da pessoa.
O problema desse tipo de autoestima é que ela se sustenta apenas enquanto as condições externas são favoráveis. Se a pessoa não atinge o corpo desejado ou não recebe elogios, sua autoestima desmorona, mostrando que ela nunca foi sólida de fato.
Por que a autoestima precisa ser interna?
Segundo o Dr. Gabriel Paiva, autoestima saudável vem de dentro e não precisa da aprovação de terceiros. Ela nasce da capacidade de reconhecer quem você é, com suas forças e fragilidades, sem tentar atender a padrões inalcançáveis.
Quando a autoestima é interna, ela permanece estável mesmo diante de críticas ou falhas. Isso porque está baseada em valores próprios, não em comparações externas.
Como reconhecer uma autoestima incondicional?
A autoestima incondicional não exige ser a pessoa mais bonita, mais inteligente ou mais bem-sucedida do mundo. Ela se apoia na aceitação da realidade: todos têm qualidades e limitações. O importante é se sentir em paz com isso.
Reconhecer pontos fortes e fracos, sem exagerar nos julgamentos, é um dos primeiros passos. A partir daí, a pessoa consegue se posicionar no mundo de forma mais autêntica e confiante.
Qual a diferença entre autoestima e vaidade?
A vaidade depende da admiração externa, enquanto a autoestima verdadeira independe da aprovação alheia. Embora cuidar da aparência seja positivo, não deve ser a única base do bem-estar emocional.

Ter autoestima é olhar para si com justiça e equilíbrio, sem se exigir perfeição. Já a vaidade em excesso pode levar a comparações constantes, gerando insatisfação e ansiedade.
Como fortalecer a autoestima no dia a dia?
Práticas de autoconhecimento, psicoterapia e reflexões pessoais ajudam a construir uma autoestima mais sólida. Valorizar conquistas reais, reconhecer esforços e acolher falhas como parte da vida são atitudes que fortalecem a autoaceitação.
Segundo especialistas em saúde mental, quando a autoestima é consistente, a pessoa se torna mais resiliente e capaz de enfrentar desafios sem se perder em inseguranças externas.
Fontes oficiais
- Organização Mundial da Saúde (OMS) — https://www.who.int
- Ministério da Saúde (Brasil) — https://www.gov.br/saude
- National Institute of Mental Health (NIMH) — https://www.nimh.nih.gov