A enxaqueca é uma condição neurológica que pode afetar não apenas adultos, mas também crianças. O Dr. Paulo Abner (CRM/SP — número confirmado no perfil oficial) alerta que, em alguns casos, a dor intensa pode se confundir com outros diagnósticos, como autismo ou TDAH, por causa dos sintomas comportamentais que ela provoca.
Segundo o médico, muitas crianças não conseguem expressar claramente que sentem dor de cabeça. Com isso, passam a evitar barulho, luz e interações sociais. Essa dificuldade em se comunicar pode levar a diagnósticos equivocados, enquanto o verdadeiro problema é a enxaqueca mal controlada.
Por que a enxaqueca pode ser confundida com autismo?
Em crianças, a enxaqueca pode se manifestar de maneira diferente. Além da dor de cabeça, é comum haver hipersensibilidade a sons e luzes, isolamento social e dificuldade em interagir. Esses sinais, em alguns casos, podem ser interpretados erroneamente como características de autismo.
O Dr. Paulo Abner explica que é fundamental observar o contexto: se os sintomas aparecem durante ou após crises de dor, a causa pode estar ligada à enxaqueca e não a um transtorno do espectro autista.
E como a enxaqueca pode ser confundida com TDAH?
Outro equívoco possível é a associação da enxaqueca com o TDAH. A dor frequente pode deixar a criança mais lenta, com dificuldade de concentração e queda no rendimento escolar, sinais que lembram déficit de atenção.
No entanto, esses sintomas muitas vezes são consequência direta da dor e do impacto da enxaqueca na qualidade de vida. Com o tratamento adequado, o desempenho escolar e a interação social tendem a melhorar significativamente.
Quais sinais ajudam a diferenciar a enxaqueca?
Alguns sinais específicos podem indicar que se trata de enxaqueca e não de outro transtorno. Entre eles estão dor de cabeça recorrente, sensibilidade à luz e ao som, náuseas, lentidão após a crise e melhora significativa após repouso ou tratamento.
Pais e professores devem estar atentos a esses indícios e buscar avaliação médica antes de assumir diagnósticos de autismo ou TDAH. A análise criteriosa é essencial para evitar erros que podem comprometer a vida da criança.
O tratamento pode transformar a vida da criança?
De acordo com o Dr. Abner, quando a enxaqueca é identificada e tratada corretamente, a criança pode retomar sua rotina normalmente. Isso inclui socializar, aprender na escola e ter qualidade de vida sem os prejuízos causados pela dor crônica.

Essa melhora mostra a importância do diagnóstico preciso. Reconhecer a enxaqueca como causa dos sintomas evita tratamentos desnecessários para transtornos que a criança não possui.
Qual a mensagem final para pais e cuidadores?
A enxaqueca pode se camuflar em outros diagnósticos e, por isso, não deve ser ignorada em crianças. Observar sinais recorrentes, buscar atendimento médico e considerar essa hipótese pode mudar completamente a trajetória escolar e social do paciente.
Para o Dr. Paulo Abner, informação é a chave: quanto mais cedo a enxaqueca for reconhecida, maiores as chances de oferecer qualidade de vida para a criança.
Fontes oficiais
- Organização Mundial da Saúde (OMS) — https://www.who.int
- Ministério da Saúde (Brasil) — https://www.gov.br/saude
- National Institute of Neurological Disorders and Stroke (NIH) — https://www.ninds.nih.gov