O tema da dor nas costas é um aspecto relevante no contexto dos benefícios concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Muitas pessoas que sofrem com problemas crônicos ou severos nas costas se perguntam se têm direito ao auxílio-doença. Esse benefício é destinado a trabalhadores que estão incapazes temporariamente de realizar suas atividades laborais devido a uma condição de saúde que necessita de repouso ou tratamento.
Para que uma pessoa possa solicitar o auxílio-doença, é fundamental que a mesma possua a qualidade de segurado, ou seja, que esteja contribuindo regularmente para a Previdência Social, ou que esteja no chamado “período de graça“, que é o tempo em que, mesmo sem contribuir, o indivíduo mantém a condição de segurado. Além disso, a condição de saúde deve ser comprovada por meio de um atestado médico e exames que comprovem a incapacidade temporária para o trabalho.
Como funciona a concessão do auxílio-doença em casos de dor nas costas?

O processo de concessão do auxílio-doença envolve uma perícia médica realizada por um profissional do INSS. Durante a perícia, o médico avaliará o grau de incapacidade do segurado e se a condição relatada realmente impede a continuidade do trabalho. Problemas como hérnias de disco, lombalgia crônica e outras condições relacionadas podem ser motivos para a concessão, desde que devidamente comprovadas.
É essencial apresentar todos os documentos médicos, laudos e relatórios que demonstrem a história do problema e as tentativas de tratamento pelas quais o segurado já passou. Quanto mais detalhada for a documentação, maior será a probabilidade de que o benefício seja concedido sem a necessidade de recursos ou outros procedimentos. Recomenda-se também manter registros atualizados de consultas e tratamentos já realizados.
Principais condições de saúde relacionadas à dor nas costas
Diversas condições podem causar dor nas costas e dar origem ao pedido de auxílio-doença. Entre as mais comuns estão a lombalgia crônica, hérnia de disco, artrose na coluna, espondilite anquilosante e problemas posturais severos. Cada uma dessas enfermidades pode gerar incapacidade temporária ou mesmo permanente, dependendo da gravidade e da resposta ao tratamento.
Além das doenças mencionadas, existem situações em que traumas ou lesões também podem ser causas importantes para afastamento do trabalho. Por isso, é fundamental que o laudo médico seja claro e detalhado sobre a origem da dor, sua intensidade, limitações funcionais e prognóstico para o tratamento, o que aumenta as chances de aprovação do benefício.
Quais fatores influenciam na decisão do INSS?
A decisão sobre o deferimento do auxílio-doença não depende apenas de diagnósticos identificados através de exames, mas também da avaliação clínica realizada pelo perito. Portanto, o estado de saúde do paciente no momento da perícia é crucial. Além disso, outros elementos que pesam na decisão incluem:
- Histórico de contribuições para o INSS
- Resultado de exames de imagem, como ressonância magnética
- Laudos emitidos por médicos especialistas na área ortopédica
Outro aspecto relevante é o tempo de afastamento recomendado pelo médico assistente. Caso o tempo sugerido seja insuficiente para a recuperação, o segurado pode recorrer de decisões desfavoráveis e solicitar nova avaliação, apresentando novos documentos que reforcem a incapacidade para as funções laborais.
Passo a passo para solicitar o auxílio-doença por dor nas costas
O primeiro passo é agendar a perícia médica pelo site do INSS ou através do telefone 135. Preparar a documentação médica é a etapa seguinte, garantindo que todos os dados são atuais e claros. Após a perícia, o resultado pode ser conferido no site do INSS, informando se houve o deferimento do benefício ou se será necessário recorrer da decisão.
É fundamental reunir laudos médicos, exames de imagem, atestados, informações sobre afastamentos anteriores e o documento de identificação. Quanto mais completo o dossiê, maiores as chances de o perito entender a real limitação causada pela dor nas costas. Em caso de negativa, o recurso deve ser protocolado dentro do prazo estabelecido pelo órgão.
No que consiste o período de graça e como ele influencia na solicitação do auxílio?
O período de graça refere-se ao tempo em que o segurado continua tendo direito aos benefícios da Previdência Social mesmo sem estar contribuindo ativamente. Este período pode variar de 12 a 36 meses, dependendo de quantas contribuições foram feitas anteriormente e de situações específicas, como estar em cumprimento do serviço militar ou estar desempregado involuntariamente.
Durante esse tempo, caso surja uma incapacidade, o segurado mantém o direito de solicitar auxílio-doença. Vale ressaltar que é importante manter os vínculos registrados, como carteira de trabalho e comprovantes de contribuições, facilitando o processo junto ao INSS quando necessário.
Como aumentar as chances de aprovação do benefício?
Entender os processos e reunir uma documentação médica robusta são passos essenciais para aumentar as chances de deferimento do auxílio-doença. A busca por especialistas, exames atualizados, relatórios minuciosos e acompanhamento de toda a evolução clínica acabam sendo diferenciais na análise pericial.
Buscar orientação jurídica ou a ajuda de profissionais especializados pode ser uma alternativa eficaz, especialmente para situações mais complexas ou casos de indeferimento inicial. O acompanhamento especializado oferece maior segurança quanto aos direitos do segurado e auxilia em todo o trâmite junto ao INSS.