O psiquiatra Dr. Gabriel Paiva, CRM 180821 RQE 94269, alerta que a constante comparação com os outros é uma das maiores armadilhas para a autoestima. Segundo ele, a tendência de medir nosso valor observando beleza, sucesso ou posses alheias pode parecer inofensiva, mas mina silenciosamente a autoconfiança.
Com mais de 380 mil seguidores, Dr. Paiva utiliza sua experiência clínica e didática para ensinar que a verdadeira autoestima não está em “vencer” os outros, mas em não precisar competir. Quando paramos de medir nosso valor com base no ambiente externo, ganhamos clareza sobre quem realmente somos.
Por que a comparação constante é tão destrutiva para a autoestima?
A comparação social é um comportamento natural do ser humano, mas quando se torna padrão, gera sentimentos de inferioridade e frustração. O cérebro interpreta essas comparações como ameaça ao ego, ativando ansiedade e insegurança. Esse processo muitas vezes ocorre de forma automática e silenciosa.
Segundo estudos publicados na APA (American Psychological Association), a exposição constante a estímulos comparativos, especialmente em redes sociais, está associada a níveis mais altos de depressão e baixa autoestima, principalmente entre jovens adultos.
Como a competição afeta nossa saúde emocional?
Competir para se sentir melhor pode até parecer motivador, mas a longo prazo, fragiliza a identidade. Quem baseia seu valor em estar acima dos outros está sempre à mercê de fatores externos, e isso gera instabilidade emocional. Sentimentos como inveja, culpa e vergonha passam a fazer parte do cotidiano.

A autoestima sólida se constrói quando o indivíduo reconhece seu valor independentemente de validações externas. Sentir-se em paz sem precisar ser o mais bonito, mais inteligente ou mais bem-sucedido é o que liberta da necessidade constante de provar algo para o mundo.
O que fazer na prática para fortalecer a autoestima?
A dica do Dr. Gabriel Paiva é simples e poderosa: ao entrar em um ambiente, pare de escanear quem parece “melhor”. Em vez disso, respire fundo e pergunte a si mesmo: “Quem eu seria se não precisasse competir com ninguém?”. Essa reflexão muda o foco do externo para o interno.
Outro passo importante é praticar a autocompaixão e o reconhecimento dos próprios avanços. Evitar julgamentos, celebrar pequenas conquistas e limitar a exposição a ambientes altamente comparativos, como redes sociais, também contribuem para uma relação mais equilibrada consigo mesmo.
Fontes oficiais e referências
- Pesquisa evidenciando como comparações sociais nas redes impactam negativamente a autoestima: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC6266525/
- Artigo da APA sobre uso de redes sociais e comparações negativas: https://www.apa.org/topics/social-media-internet/health-advisory-adolescent-social-media-use
- Conteúdo da Harvard Health sobre a importância da autoconfiança e autoconsciência: https://www.health.harvard.edu/staying-healthy/regain-your-confidence