O fígado é um dos órgãos mais importantes do corpo, responsável por filtrar toxinas, metabolizar nutrientes e auxiliar no equilíbrio geral do organismo. Porém, hábitos comuns como o consumo excessivo de álcool, má alimentação e sedentarismo podem comprometer sua função e causar inflamações.
O nutricionista Matheus D’Avila (@matheusdavilanutri) alerta que, mesmo sendo resistente e capaz de se regenerar, o fígado sofre danos repetidos quando exposto continuamente a álcool e dietas desequilibradas. Com o tempo, isso pode evoluir para acúmulo de gordura abdominal, retenção de líquidos e problemas metabólicos mais graves.
O que o consumo frequente de álcool faz com o fígado?
Beber socialmente pode parecer inofensivo, mas o excesso de álcool sobrecarrega o fígado, levando a um quadro conhecido como esteatose hepática alcoólica (gordura no fígado).
Esse acúmulo de gordura prejudica a filtragem do sangue, causa inflamações e, se não for controlado, pode evoluir para doenças mais sérias, como hepatite alcoólica ou cirrose.
Alimentação ruim e sedentarismo também afetam o fígado?
Sim. Além da bebida, a má alimentação rica em ultraprocessados, açúcares e gorduras ruins, combinada ao sedentarismo, favorece o desenvolvimento da esteatose hepática não alcoólica. Esse quadro já é considerado uma epidemia mundial e está diretamente ligado à obesidade.

O fígado inflamado perde eficiência, e os sintomas podem se refletir em baixa energia, ganho de peso abdominal e retenção de líquidos.
Quais hábitos simples ajudam a recuperar a saúde do fígado?
Segundo Matheus, não é preciso cortar tudo de uma vez. Mudanças graduais já fazem diferença, como:
- Reduzir o consumo de álcool pela metade;
- Trocar biscoitos e lanches ultraprocessados por opções mais saudáveis, como barrinhas de proteína;
- Fazer caminhadas leves de 30 minutos diariamente;
- Beber cerca de 3 litros de água por dia para auxiliar na desintoxicação natural do organismo.
Essas medidas ajudam não apenas a proteger o fígado, mas também a reduzir gordura abdominal e melhorar a disposição geral.
Links oficiais
- Ministério da Saúde – Saúde do Fígado: https://www.gov.br/saude
- Sociedade Brasileira de Hepatologia: https://www.sbhepatologia.org.br
- Organização Mundial da Saúde (OMS): https://www.who.int
Vale a pena cuidar do fígado antes dos sintomas?
Sim. O fígado pode demorar a apresentar sinais de sobrecarga, mas os danos podem estar em andamento silenciosamente. Cuidar da alimentação, praticar atividade física regular e reduzir o álcool são medidas preventivas que aumentam a longevidade e a qualidade de vida.
Segundo Matheus D’Avila, pequenas mudanças no presente podem evitar grandes problemas no futuro. O segredo está em começar agora, mesmo que de forma simples.