A proibição do álcool líquido 70% pela Anvisa, anunciada em 2024, gerou debate por afetar um item comum nos lares brasileiros. A medida busca proteger a saúde pública diante dos riscos de acidentes e uso inadequado.
Mesmo com sua eficácia contra micro-organismos, a forma líquida apresentou problemas de segurança que levaram à restrição em ambientes domésticos, permanecendo liberado apenas em hospitais e uso profissional.
- Motivos que levaram à restrição do álcool líquido 70%
- Perigos do uso inadequado em residências
- Alternativas seguras para higienização no dia a dia
Por que a Anvisa restringiu o uso do álcool líquido 70%?
A Anvisa revogou em abril de 2024 a liberação temporária da venda do álcool líquido 70% ao público geral. A decisão entrou em vigor no dia 30 daquele mês, encerrando a autorização excepcional concedida durante a pandemia de Covid-19.
Apesar de sua ampla utilização para desinfecção, o produto foi restringido devido à alta inflamabilidade e incidentes domésticos registrados. Seu uso segue permitido apenas em ambientes profissionais e hospitalares.

Quais perigos justificaram a restrição?
A alta inflamabilidade do álcool líquido 70% representa risco de queimaduras graves, especialmente em lares, onde acidentes com fogo são mais frequentes. O manuseio inadequado perto de chamas ou superfícies aquecidas intensifica os riscos.
Há ainda possibilidade de intoxicação por ingestão acidental, principalmente entre crianças. O uso contínuo também pode causar irritação na pele e nas vias respiratórias.
- Queimaduras graves em contato com fogo ou superfícies quentes
- Intoxicação por ingestão acidental, sobretudo em crianças
- Irritações cutâneas e respiratórias pelo uso prolongado
- Danos ambientais em caso de descarte incorreto

Como o álcool 70% difere de outros saneantes?
O álcool líquido 70% é eficaz contra vírus e bactérias, mas sua forma líquida oferece maior risco que o álcool em gel ou aerossóis. Durante a pandemia, sua venda foi liberada de forma emergencial, mas a Anvisa agora prioriza alternativas menos inflamáveis.
Outros saneantes, como desinfetantes certificados pela agência, garantem eficácia semelhante sem expor o usuário a tantos riscos. A restrição não impede o uso de soluções registradas para desinfecção.
- Álcool em gel apresenta menor risco de inflamabilidade
- Aerossóis e desinfetantes oferecem segurança e eficácia
- Produtos certificados seguem normas de concentração adequadas
Quais alternativas substituem o álcool líquido?
A higienização segura pode ser realizada com álcool em gel 70%, recomendado para desinfecção das mãos e superfícies de uso diário. Sua praticidade e menor risco de acidentes o tornam a principal alternativa doméstica.
Também é possível utilizar outros produtos registrados pela Anvisa, desde que usados corretamente e em concentrações adequadas.
- Álcool em gel 70%, amplamente disponível e seguro
- Lenços umedecidos desinfetantes
- Desinfetantes certificados para uso doméstico
- Soluções diluídas de cloro para limpeza geral
Garantir segurança na limpeza é responsabilidade diária
- Verifique sempre o registro sanitário nos rótulos dos produtos
- Dê preferência a álcool em gel e desinfetantes certificados
- Denuncie irregularidades à Anvisa para proteger sua família