O cardiologista Dr. Ismael Bassani esclarece que sim, é possível sofrer um infarto sem a dor no peito típica, especialmente em mulheres, idosos e diabéticos, e destaca sinais que demandam atenção imediata.
Ele alerta que, nesses casos, sintomas como cansaço extremo, falta de ar súbita, dor na mandíbula ou no braço esquerdo, ou até desmaio, podem esconder um infarto. Esse entendimento é essencial para impedir atrasos no diagnóstico e evitar danos graves ao coração.
Quando o infarto aparece sem dor no peito, o que devemos observar?
Mesmo sem a dor clássica no peito, um infarto pode se manifestar de forma menos evidente. Dr. Ismael menciona que pacientes — sobretudo mulheres, idosos e diabéticos — podem apresentar cansaço excessivo e ofegância de rápida instalação em lugar do sintoma mais esperado.
Fontes médicas confirmam que em mulheres, idosos e diabéticos, o infarto pode ocorrer com sintomas atípicos como fadiga extrema, fraqueza, falta de ar, tontura ou desmaio. A neuropatia em diabéticos pode reduzir a percepção de dor, e o envelhecimento, aliado a fatores culturais, também pode levar à subestimação dos sintomas.

Quais são os sinais menos conhecidos que podem indicar infarto?
Dr. Ismael destaca que, além do cansaço e da ofegância súbita, sintomas como dor na mandíbula ou no braço esquerdo e desmaio devem acender o alerta, mesmo sem dor no peito.
Estudos e guias clínicos mencionam a presença de dor irradiada para mandíbula, braços, ombros ou estômago, bem como náuseas, suor frio e sensação de desmaio como sinais atípicos de infarto. Esses sintomas, muitas vezes confundidos com problemas digestivos ou fadiga, podem indicar um quadro grave, especialmente em grupos de risco.
Por que mulheres, idosos e diabéticos padecem infarto sem dor?
Dr. Ismael explica que mecanismos como neuropatia diabética — que reduz a sensibilidade à dor — e alterações na percepção de desconfortos em idosos são fatores que explicam a ausência da dor típica nesses grupos.
Fontes confiáveis apontam que a neuropatia diabética compromete a transmissão da dor, e que mulheres e idosos frequentemente apresentam sintomas atípicos ou menos intensos. Estima-se que cerca de 30 % dos infartos têm apresentação atípica, e entre idosos acima de 75 anos, cerca de 5 % ocorrem com poucos ou nenhum sintoma clássico.

Como agir diante de sintomas suspeitos sem dor no peito?
Dr. Ismael reforça que qualquer mal-estar súbito, cansaço extremo, falta de ar, dor na mandíbula, braço ou desmaio — deve ser levado a sério e avaliados como possível infarto. Buscar atendimento médico imediato pode salvar vidas.
As diretrizes de emergência recomendam atenção acelerada aos sintomas atípicos, pois o tratamento precoce, como a recanalização da artéria obstruída, é decisivo para reduzir danos e sequelas. Mesmo sem dor no peito, procurar socorro rápido pode ser determinante para a sobrevivência.
Onde quer que você esteja, não subestime os sinais. A velocidade na identificação e na resposta médica pode fazer toda a diferença.
Fontes oficiais utilizadas: