A partir de 28 de fevereiro de 2025, os consumidores de energia elétrica na Paraíba enfrentarão um aumento médio de 13,59% em suas contas de luz. Esta alteração faz parte da revisão periódica das tarifas praticadas pela Energisa, companhia responsável pela distribuição de energia no estado. O ajuste tarifário reflete a variação no custo de fornecimento de energia, incluindo geração, transmissão e impostos, afetando de forma diferenciada as três principais classes de consumo definidas pela empresa.
A maior parcela dos consumidores paraibanos utiliza energia em baixa tensão, representando aproximadamente 84% do total. Este grupo, juntamente com consumidores residenciais, experimentará aumentos específicos conforme o perfil de consumo. A divisão das tarifas em classes visa garantir uma distribuição equitativa dos custos e benefícios, conforme o gasto energético de cada grupo, fazendo com que consumidores de maior demanda paguem proporcionalmente mais.
Além disso, o aumento ocorre em um cenário nacional de reajustes em tarifas por todo o país, refletindo oscilações nos custos do setor elétrico, inflação, e investimentos necessários em infraestrutura de distribuição e transmissão. Assim, é fundamental que os consumidores estejam atentos às mudanças tarifárias em seus estados para melhor organizar o orçamento familiar.
Quais são os componentes do valor final da conta de luz?

O valor da conta de energia resulta de diversos componentes, como distribuição, geração, transmissão, encargos setoriais e impostos. Exemplo disso é uma fatura de R$ 100,00, onde cerca de R$ 26,00 permanecem com a concessionária responsável pela distribuição, enquanto os outros R$ 74,00 são direcionados a custos de geração, transmissão, taxas e tributos.
Encargos setoriais, como a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), somam-se ao valor para garantir subsídios e custeio de políticas públicas relacionadas ao setor. Impostos estaduais e federais, como ICMS e PIS/COFINS, também representam parte significativa do valor final.
Portanto, compreender a composição da conta é fundamental para que o consumidor saiba onde estão localizadas as maiores demandas no pagamento e, assim, possa compreender eventuais aumentos e buscar economias no consumo.
Revisões e tendências das tarifas de energia
Nos últimos anos, a Paraíba registrou duas quedas consecutivas nas tarifas de energia: 1,46% em 2023 e 1,35% em 2024. Essas reduções deveram-se principalmente à otimização de processos e menores custos no setor elétrico nacional.
No entanto, o cenário de 2025 se mostra diferente, exigindo aumento para recompor investimentos e custos operacionais. Variações no preço dos combustíveis, necessidade de modernização da infraestrutura e oscilações climáticas são fatores que explicam tais ajustes.
As tendências apontam para uma continuidade de revisões periódicas, sempre em busca do equilíbrio entre custo do serviço prestado e a capacidade de pagamento do consumidor. A transparência nas revisões é fundamental para o entendimento dos reajustes.
Como funciona a tarifa social de energia elétrica?
Desde julho de 2024, cerca de 650 mil consumidores paraibanos contam com a tarifa social. Ela garante gratuidade no consumo de até 80 kWh mensais para famílias inscritas no Cadastro Único que estejam com cadastro atualizado.
O desconto é aplicado automaticamente, mas o excedente desse consumo é cobrado normalmente. Mesmo contemplados pela tarifa social, consumidores podem arcar com alguns encargos e tributos previstos em legislações municipais ou estaduais.
O objetivo é proporcionar justiça social, garantindo acesso mínimo de energia às famílias mais vulneráveis sem que isso comprometa o orçamento doméstico. Esta política também estimula o uso consciente do recurso energético.
Implicações do aumento tarifário para consumidores
O reajuste médio de 13,59% pode ter impacto significativo no orçamento das famílias, principalmente as de baixa renda. O aumento das despesas mensais pode levar à necessidade de adaptação dos hábitos de consumo e busca por práticas de economia de energia.
Empresas e pequenos comércios, que já lidam com margens apertadas, terão que reavaliar custos para evitar repasses ao consumidor final. O monitoramento constante dos gastos e investimento em eficiência energética podem ser estratégias recomendadas.
A maior conscientização sobre consumo e alternativas, como lâmpadas LED, uso de eletrodomésticos eficientes e desligamento de aparelhos em stand-by, pode contribuir para aliviar o impacto dos novos valores.
Dicas para economizar energia e reduzir o impacto na conta
Reduzir tempo de banho com chuveiro elétrico, apagar luzes ao sair de ambientes e manter aparelhos desligados quando fora de uso são atitudes simples e eficientes. Trocar lâmpadas incandescentes por LEDs pode gerar uma economia considerável.
O planejamento do uso de equipamentos de grande consumo, como ar-condicionado e geladeira, também faz diferença. Manter a manutenção em dia evita desperdícios por falhas e melhora o desempenho dos aparelhos.
Investir em fontes renováveis, como a microgeração com painéis solares, pode ser uma alternativa de médio e longo prazo para redução na fatura e proteção contra oscilações tarifárias futuras.
Como a Energisa orienta os consumidores
A Energisa mantém campanhas de conscientização sobre o uso eficiente de energia, fornecendo informações por meio de comunicados e atendimentos em agências e meios digitais.
O consumidor pode recorrer ao atendimento da distribuidora para tirar dúvidas sobre a conta, contestar valores ou buscar orientações sobre o acesso à tarifa social ou programas de eficiência energética.
A empresa também investe em tecnologias inteligentes, como medidores eletrônicos e aplicativos, permitindo o acompanhamento do consumo em tempo real, o que ajuda o cliente no controle do orçamento e na prevenção de desperdícios.