Inteligência artificial e longevidade se entrelaçam em uma conversa sobre viver muito mais de 100 anos — e com saúde — conforme Santiago Bilinkis explica em entrevista recente.
- A meta mudou: não apenas tratar doenças, e sim reverter o envelhecimento
- A influência de líderes de tecnologia no financiamento de pesquisas avançadas
- A importância de hábitos saudáveis e laços sociais enquanto aguardamos avanços científicos
Como a IA pode reverter o envelhecimento?
Segundo Bilinkis, o verdadeiro inimigo da saúde não são as doenças, mas o próprio envelhecimento — e hoje a pesquisa busca não curar, mas reverter danos celulares acumulados com o tempo.
Isso significa tentar desacelerar ou até evitar a deterioração normal do corpo. Cientistas exploram formas de manter células com aparência, funcionamento e resistência semelhantes às de indivíduos mais jovens, mesmo décadas depois.
Quem está financiando essa busca pela juventude eterna?
Bilionários de tecnologia como Jeff Bezos, Sam Altman, Demis Hassabis e outros estão investindo pesado nessa linha de pesquisa. Se conseguirem para si, os benefícios podem chegar a todos — um efeito cascata positivo.
A diversidade de abordagens aumenta as chances de sucesso: cada grupo aposta em caminhos diferentes, o que amplia as possibilidades de conquistar resultados complementares.

Por que viver 150 anos levantaria dilemas profundos?
Além dos ganhos pessoais, viver muito além dos 80 anos traz desafios sociais e filosóficos: sistemas de previdência, mercado de trabalho, sentido de urgência na vida e até crenças religiosas entram em cena.
- Como sustentar aposentadoria por várias décadas?
- O que motiva uma vida sem prazo final?
- Até que ponto cabe à tecnologia definir nossa longevidade?
- As mudanças podem alterar estruturalmente nossa sociedade.
Bilinkis lembra como a expectativa de vida já foi bem menor no passado, e que “natural” nem sempre equivale a benéfico, como acontece com doenças fatais que hoje conseguimos combater.
O que podemos fazer hoje enquanto esperamos a medicina do futuro?
A resposta de Bilinkis é clara: cuidar bem do corpo e da mente pode ganhar até uns 10 anos de vida adicional — tempo precioso para chegar aos avanços promissores.
Hábitos simples, mas científicos, valem muito: dormir bem, alimentar-se de forma equilibrada e praticar exercícios regulares, mesmo que leves, fazem diferença — e não são nada extraordinários, embora difíceis de sustentar no cotidiano.

Essa tecnologia altera nossa conexão social e foco mental?
Bilinkis destaca o estudo histórico de Harvard que comprovou: vínculos profundos são o maior indicador de felicidade — mas estamos cada vez mais desconectados e presos às telas.
Enquanto a IA e as redes prometem eficiência e imersão, espalham distração e isolamento. A tecnologia, embora poderosa, pode combater a nossa atenção real e afetar os laços que realmente sustentam o bem-estar humano.
O futuro da longevidade já começou
- O envelhecimento pode ser enfrentado, não apenas tratado.
- Líderes de tecnologia investem e aceleram o progresso científico.
- Boas escolhas hoje aumentam as chances de aproveitar o amanhã.