A La Niña é um fenômeno climático que pode influenciar o clima global, incluindo o Brasil. Este evento é caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial e pode trazer consequências significativas. No Brasil, a La Niña pode ter impactos distintos, afetando desde o regime de chuvas até a temperatura.
- Entenda como a La Niña afeta o clima no Brasil.
- Descubra quais regiões serão mais impactadas.
- Saiba como se preparar para as mudanças climáticas.
O que é La Niña e como ela surge?
A La Niña é um fenômeno natural que ocorre devido ao resfriamento anômalo das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Este fenômeno é o oposto do El Niño e pode alterar padrões climáticos em todo o mundo.
Durante a La Niña, há uma intensificação dos ventos alísios que contribuem para o resfriamento das águas oceânicas. Este resfriamento pode influenciar o clima global, especialmente as chuvas e temperatura.
Como a La Niña afeta o clima no Brasil?
No Brasil, a La Niña pode ter efeitos variados. Geralmente, o fenômeno está associado a períodos mais secos no sul e mais chuvosos no norte do país. Chuvas acima da média são esperadas especialmente no Norte e Nordeste do Brasil, principalmente durante o verão. Esse aumento nas precipitações pode gerar benefícios para a agricultura local, mas também eleva o risco de enchentes e deslizamentos nessas regiões.
Regiões afetadas: Sul do Brasil costuma enfrentar seca, enquanto o Norte e Nordeste podem experimentar chuvas intensas. O tempo mais seco no Sul pode agravar ou antecipar estiagens em áreas agrícolas, gerando preocupação para o setor rural e para o abastecimento de água.
Além disso, o risco de incêndios no Pantanal e na Amazônia pode aumentar, caso haja redução das chuvas em meses-chave. A combinação de vegetação seca, altas temperaturas e possíveis períodos de estiagem amplia a vulnerabilidade dessas áreas a focos de incêndio, exigindo monitoramento constante.

Quais são as previsões para a próxima estação?
Os modelos indicam uma possível La Niña fraca e de curta duração, com efeitos que podem surgir entre o fim da primavera e o verão. Esse cenário sugere que o fenômeno não trará impactos severos, mas é crucial manter a vigilância climática.
De acordo com as previsões dos Centros Globais de Produção de Previsão Sazonal da OMM, as chances estão assim distribuídas:
- Setembro a novembro de 2025: 55% de probabilidade de formação da La Niña, 45% de probabilidade de manutenção das condições neutras e 0% de chance de formação de um El Niño.
- Outubro a dezembro de 2025: 60% de chance de La Niña, 40% de chance de neutralidade e El Niño permanece descartado.
Vale lembrar que organismos como o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) e o CPTEC/INPE (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) reforçam a importância do acompanhamento contínuo das previsões e atualizações para adaptação de atividades sensíveis à mudança do clima.
Como se preparar e adaptar para La Niña?
Adaptação climática: É fundamental que comunidades afetadas adotem medidas de adaptação para mitigar os impactos da La Niña. Investir em capacidades de resposta e infraestrutura resiliente é essencial.
Para preparar-se melhor, os agricultores podem ajustar suas práticas agrícolas e comunidades podem reforçar sistemas de coleta de água e infraestrutura contra inundações. Nas regiões ameaçadas por incêndios, sobretudo no Pantanal e na Amazônia, é fundamental fortalecer a vigilância e as estratégias de prevenção ao fogo.
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Como se antecipar às mudanças do clima no futuro?
- A La Niña pode causar variações dramáticas no clima regional, exigindo vigilância constante.
- Chuvas acima da média no Norte e Nordeste, e tempo mais seco no Sul, destacam a necessidade de adaptação e preparação específica para cada região.
- Previsões atuais sugerem uma manifestação fraca, mas a preparação é chave para mitigar impactos.
- A adaptação e a resiliência são fundamentais para enfrentar fenômenos climáticos extremos, bem como o monitoramento de incêndios em áreas vulneráveis como Pantanal e Amazônia.