Um estudo publicado no JAMA Network Open mostrou que pessoas com TDAH podem ter mais chances de desenvolver demência quando envelhecem. A pesquisa chamou atenção para a importância do acompanhamento médico em todas as fases da vida.
- Estudo analisou dados de mais de 100 mil pessoas em Israel.
- Resultado aponta relação entre TDAH e risco maior de demência.
- Especialistas reforçam a importância de hábitos de vida saudáveis.
Qual é a ligação entre TDAH e demência?
Segundo o estudo de Rabinowitz et al. (2021), pessoas que tiveram diagnóstico de TDAH ao longo da vida apresentaram mais casos de demência na velhice. Essa conexão mostra que o impacto do transtorno pode ser de longo prazo.
Os autores explicam que o TDAH pode deixar o cérebro mais vulnerável a problemas de memória e atenção com o passar dos anos, aumentando a chance de desenvolver doenças neurodegenerativas como a demência.

Quais dados sustentam essa conclusão?
O trabalho de Rabinowitz et al. (2021) usou informações de registros médicos acompanhados por muitos anos. Isso permitiu observar de forma consistente que pessoas com TDAH apresentaram risco maior de desenvolver demência.
- Mais de 100 mil pessoas participaram do estudo.
- Foi encontrada ligação entre TDAH e maior chance de demência.
- O padrão apareceu em diferentes idades e gêneros.
- Mesmo ajustando outros fatores, a relação se manteve.
Como essa relação pode ser explicada?
De acordo com o estudo, o TDAH pode estar ligado a alterações no funcionamento do cérebro que duram a vida toda. Isso inclui áreas ligadas à atenção e memória, que podem ficar mais frágeis com o envelhecimento.
Além disso, problemas comuns em pessoas com TDAH, como ansiedade, depressão ou dificuldades de sono, também podem influenciar a saúde cerebral, aumentando o risco de demência em alguns casos.

O que especialistas recomendam para quem tem TDAH?
Os autores do estudo reforçam que quem tem TDAH deve cuidar da saúde de forma preventiva. O acompanhamento médico regular ajuda a identificar riscos cedo e pode reduzir impactos na vida adulta e na velhice.
- Fazer consultas regulares com médicos especializados.
- Manter hábitos saudáveis, como exercícios e boa alimentação.
- Cuidar da saúde mental e do sono de forma contínua.
- Tratar doenças associadas, como hipertensão ou diabetes.
Quais lições podemos tirar desse estudo?
O estudo de Rabinowitz et al. (2021) mostra que o TDAH deve ser visto como uma condição que acompanha a pessoa em todas as fases da vida. Esse olhar pode ajudar a prevenir problemas futuros, incluindo a demência.
- O TDAH não afeta apenas a infância, mas também o envelhecimento.
- Cuidados precoces podem ajudar a reduzir riscos de demência.
- O estudo abre caminho para novas pesquisas sobre saúde mental e envelhecimento.