O governo federal decidiu manter o orçamento do Bolsa Família para 2026 em R$ 158,6 bilhões, apresentando uma leve redução comparada ao ano anterior. Esta decisão implica que não haverá aumento nos valores dos benefícios, impactando diretamente mais de 19,9 milhões de famílias em situação de vulnerabilidade social.
- Orçamento estável comparado a 2025.
- Sem aumento nos benefícios, mantendo média de R$ 671.
- Regras mais rigorosas para seleção de beneficiários.
Como será distribuído o orçamento para o Bolsa Família em 2026?
Com um total de R$ 158,6 bilhões definidos para 2026, o Bolsa Família consolida-se como um dos principais programas sociais do governo, atrás apenas da Previdência Social. O valor médio dos benefícios permanecerá inalterado, sem perspectiva de reajuste para contrabalançar a inflação. Este cenário, segundo especialistas, pode ampliar o desafio para famílias em regiões mais afetadas pelo aumento do custo de vida, como São Paulo e Rio de Janeiro.
Quais são os critérios de elegibilidade para o Bolsa Família?
Para se qualificar para o benefício, as famílias devem ter uma renda mensal per capita de até R$ 218 e manter o Cadastro Único atualizado. Para ter direito ao Bolsa Família, a principal regra é que a renda de cada pessoa da família seja de, no máximo, R$ 218 por mês. Por exemplo, se apenas um integrante da família tem renda e recebe um salário mínimo (R$ 1.518), e nessa família há sete pessoas, a renda de cada um é de R$ 216,85. Como está abaixo do limite de R$ 218 por pessoa, essa família tem o direito de receber o benefício. O valor mínimo pago será de R$ 600, e podem ser somados benefícios adicionais como:
- R$ 150 por criança até 6 anos;
- R$ 50 por gestante;
- R$ 50 por jovem até 18 anos incompletos;
- R$ 50 por bebê até 6 meses.

Quais as consequências da ausência de reajuste no benefício?
Especialistas apontam que a ausência de reajustes pode reduzir o poder de compra das famílias, um ponto crítico em tempos de alta inflação. No entanto, o governo acredita que manter o programa sem aumento é vital para a estabilidade fiscal no próximo período eleitoral. Pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística indicam que a inflação acumulada de 2025 para 2026 pode comprometer ainda mais a situação de quem depende exclusivamente do benefício.
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Como será feito o fortalecimento na seleção de beneficiários?
O orçamento também pretende implementar regras mais rígidas no processo de seleção, a fim de garantir que o programa atenda verdadeiramente as famílias em extrema pobreza, minimizando fraudes e maximizando a eficácia dos recursos disponibilizados. Novas tecnologias, como sistemas de monitoramento de dados do Cadastro Único, estão em teste para reduzir inconsistências e possíveis fraudes.
O que muda no investimento para o Auxílio Gás?
O investimento no Auxílio Gás foi elevado de R$ 3,6 bilhões em 2025 para R$ 5,1 bilhões em 2026, visando amenizar os custos do gás de cozinha para famílias de baixa renda, destacando um foco do governo em outras áreas de auxílio. Este aumento busca acompanhar as oscilações de preços identificadas pela Agência Nacional do Petróleo, principal órgão regulador do setor.
Quais são os próximos passos para aprovação do orçamento em 2026?
- O orçamento de R$ 158,6 bilhões assegura a continuidade do programa sem alterações nos benefícios.
- Maior rigor é esperado na transparência e seleção dos beneficiários.
- A proposta será debatida no Congresso, com a expectativa de implementação no primeiro semestre de 2026.