Uma pesquisa argentina revelou que lâmpadas UV de unhas podem causar alterações moleculares na pele em poucos minutos, levantando preocupações sobre riscos de câncer e a necessidade de mais estudos científicos.
- Exposição em manicures altera moléculas essenciais da pele.
- Estudos associam lâmpadas a mutações no DNA.
- Dermatologistas sugerem medidas de proteção imediata.
Por que as lâmpadas UV de unhas chamaram a atenção dos cientistas?
As lâmpadas LED UV se tornaram indispensáveis em salões e kits caseiros, agilizando o processo de secagem do esmalte em minutos. No entanto, pesquisadores alertam que a mesma radiação ultravioleta que endurece o esmalte pode trazer sérios danos à pele exposta.
O estudo argentino mostrou que moléculas comuns da epiderme sofrem modificações após apenas quatro minutos de exposição. Esse tempo é equivalente a uma sessão típica de manicure em gel, levantando dúvidas sobre a segurança desse hábito frequente.

Quais evidências laboratoriais sustentam essas descobertas?
O artigo publicado na revista Chemical Research in Toxicology descreveu mudanças biológicas relevantes em todas as substâncias analisadas, apontando que a radiação das lâmpadas não é inofensiva. O impacto foi detectado logo após a primeira sessão simulada de esmaltação.
- A pesquisadora María Laura Dántola afirmou que as moléculas alteradas perderam parte de suas funções naturais.
- Essas mudanças podem afetar proteínas, lipídios e outros componentes críticos da pele.
- O dano molecular acumulado pode abrir caminho para mutações celulares ao longo do tempo.
Existe realmente risco de câncer associado ao uso dessas lâmpadas?
Pesquisas anteriores já indicaram que a radiação das lâmpadas pode danificar o DNA e induzir mutações em células cutâneas. Embora os estudos não sejam conclusivos, esses achados reforçam a possibilidade de aumento no risco de câncer de pele.
Uma revisão publicada em 2024 concluiu que o risco é considerado baixo, mas não desprezível. Especialistas defendem que a frequência de uso e a ausência de proteção solar adequada são fatores que podem intensificar os efeitos nocivos da radiação UV.

Que medidas práticas ajudam a reduzir os danos potenciais?
Dermatologistas recomendam que usuários adotem estratégias simples para minimizar os riscos sem abrir mão da estética. A proteção física e química da pele é a melhor forma de reduzir a penetração dos raios ultravioleta durante os procedimentos de manicure.
- Utilizar luvas especiais com proteção UV, deixando apenas as unhas expostas.
- Aplicar protetor solar de amplo espectro nas mãos antes da sessão.
- Optar por métodos alternativos, como esmalte comum ou secagem natural.
O que os fabricantes e consumidores devem considerar daqui em diante?
Além da responsabilidade individual, especialistas defendem que a indústria da beleza deve adotar medidas de transparência. A inclusão de alertas visíveis nos rótulos ajudaria consumidores a compreender os riscos e agir com mais segurança.
- Fabricantes podem fornecer instruções claras sobre precauções de uso.
- Consumidores devem exigir mais informações sobre exposição prolongada.
- A conscientização coletiva pode estimular inovações em tecnologias mais seguras.