A escoliose é definida como uma curvatura anormal da coluna vertebral que geralmente se manifesta na forma de “S” ou “C”. Essa condição pode se desenvolver em diferentes estágios da vida, desde a infância até a idade adulta, e embora comumente não cause dor, pode sim alterar a postura e provocar limitações de mobilidade quando se apresenta de maneira severa. A maioria dos casos é considerada idiopática, ou seja, de causa desconhecida, embora se reconheça a influência de fatores genéticos, hormonais e neuromusculares. Adicionalmente, a escoliose pode ser consequência de malformações congênitas, doenças musculares ou simplesmente do desgaste natural ocasionado pelo envelhecimento.
O diagnóstico precoce desempenha um papel crucial na prevenção da progressão dessa curvatura. Segundo especialistas, a intervenção no momento certo e um acompanhamento médico adequado podem permitir que os pacientes mantenham uma vida normal e ativa. Em adultos, a escoliose pode provocar dor nas costas devido ao desgaste, sobrecarga muscular ou rigidez. Outros sinais que costumam acompanhar essa condição são uma escápula mais proeminente, inclinação do tronco para um dos lados e a sensação de que o corpo não está alinhado ao se olhar no espelho.
Como diferenciar escoliose de outras alterações posturais?
É comum que a escoliose seja confundida com outras alterações posturais como a atitude escoliótica, que é uma desvio temporário e corrigível, ou a cifose, onde a curvatura se direciona para frente. Por conta dessas semelhanças, é essencial consultar um especialista em caso de dúvidas para obter um diagnóstico preciso. Manter um estilo de vida ativo é fundamental, já que um corpo treinado responde melhor aos tratamentos e tolera melhor as demandas diárias.

Qual é o papel do exercício no tratamento da escoliose?
O treinamento físico não corrige completamente a escoliose, mas o fortalecimento da musculatura das costas pode ajudar a minimizar os sintomas e prevenir o agravamento da curvatura. Existem programas específicos de fisioterapia, como o método Schroth, que ensinam exercícios adaptados para compensar as curvas e melhorar o alinhamento. Em casos severos, o exercício pode ser complementado com o uso de coletes ortopédicos ou, se a deformidade atingir 45-50 graus, com cirurgia. O yoga e o pilates são excelentes aliados, pois ajudam a melhorar a postura, aliviar tensões e ganhar equilíbrio muscular, sempre sob supervisão de um especialista para evitar movimentos contraproducentes.
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Quais tipos de exercícios são recomendados?
O Hatha yoga e o Iyengar yoga são estilos altamente recomendados, pois combinam alongamentos, fortalecimento e respiração consciente. Essas práticas não buscam endireitar a coluna, mas sim melhorar o alinhamento postural e a flexibilidade sem causar dor. No pilates, o foco é o fortalecimento do core, o que proporciona melhor suporte para a coluna. Exercícios como a ponte, os alongamentos de gato-vaca ou o uso de reformers ajudam a desenvolver a flexibilidade e o equilíbrio.
Qual a importância da respiração e de outras práticas complementares?
A respiração desempenha um papel vital nessas práticas, pois ao ser realizada de forma adequada, pode liberar tensões musculares e melhorar a capacidade pulmonar. Trabalhar a respiração não apenas melhora o estado físico, mas também impacta positivamente o humor e a concentração. Além disso, é uma técnica fácil de ser implementada nas rotinas diárias, acompanhando alongamentos ou caminhadas.