A doutora Samar Elgeadi, especialista em Medicina Interna, alerta que a pré-diabetes é uma fase reversível, mas ignorá-la aumenta o risco de complicações graves. Mudanças no estilo de vida podem impedir a progressão para diabetes tipo 2.
- Entenda a diferença entre pré-diabetes e diabetes tipo 2
- Saiba quais fatores de risco mais influenciam o quadro
- Descubra hábitos práticos para prevenir a evolução da doença
O que diferencia a pré-diabetes da diabetes tipo 2?
Segundo a doutora Samar Elgeadi, a pré-diabetes é uma fase intermediária em que a glicose está acima do normal, mas não atinge o nível da diabetes tipo 2. Esse estágio pode ser revertido com alimentação equilibrada, atividade física e controle do peso.
Já a diabetes tipo 2 implica níveis mais altos e persistentes de glicose, exigindo tratamentos rigorosos que podem incluir medicamentos ou insulina. Além disso, aumenta significativamente o risco de problemas cardíacos, renais, visuais e neurológicos.

Quais fatores aumentam o risco de desenvolver diabetes?
A especialista explica que a condição surge de uma combinação entre genética, metabolismo e estilo de vida. Muitos fatores não apresentam sintomas, por isso os exames regulares são fundamentais para identificar riscos precocemente.
- Sobrepeso e obesidade, especialmente gordura abdominal
- Sedentarismo e baixa sensibilidade à insulina
- Dieta desequilibrada, rica em açúcares e ultraprocessados
- Histórico familiar de diabetes tipo 2
- Idade acima de 45 anos ou SOP em mulheres
- Hipertensão, colesterol e triglicérides elevados

Como reconhecer sinais de pré-diabetes no dia a dia?
Apesar de muitas vezes não apresentar sintomas claros, alguns sinais podem indicar risco. A doutora Elgeadi ressalta que mudanças sutis devem ser observadas e sempre acompanhadas por exames laboratoriais.
Fadiga persistente, sede em excesso, fome frequente, oscilações visuais, dificuldade para perder peso e manchas escuras na pele podem ser indícios. Mesmo discretos, esses sintomas devem motivar a busca por avaliação médica.
Quais exames confirmam o diagnóstico de pré-diabetes?
O diagnóstico é realizado por meio de exames de sangue. Os mais comuns incluem glicemia de jejum e hemoglobina glicada (HbA1c). Em casos específicos, também pode ser feito o teste oral de tolerância à glicose para verificar alterações iniciais.
- Glicemia de jejum: mede o nível de açúcar após jejum prolongado.
- Hemoglobina glicada: avalia a média da glicose nos últimos meses.
- Tolerância à glicose: identifica alterações sutis no metabolismo.
Quais hábitos ajudam a prevenir a progressão para diabetes tipo 2?
De acordo com a especialista, pequenas mudanças consistentes fazem grande diferença. Exercícios regulares, alimentação rica em fibras e proteínas de qualidade, além do controle do peso, reduzem em até 58% o risco de evolução da doença.
- Alimentação: priorizar vegetais, leguminosas e gorduras saudáveis, evitando ultraprocessados.
- Atividade física: caminhar, nadar ou pedalar para melhorar a sensibilidade à insulina.
- Estilo de vida: reduzir açúcar adicionado, dormir bem e manter acompanhamento médico regular.