O Brasil reavalia a reintrodução do horário de verão em 2025, impulsionado por preocupações crescentes sobre a capacidade do sistema elétrico nacional. Desde sua extinção em 2019, durante o governo anterior, o horário de verão voltou a ser debatido por conta de receios sobre a possibilidade de apagões. Este debate está embasado pelo Plano de Operação Energética (PEN) 2025, apresentado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que destaca a necessidade de medidas eficazes para garantir o suprimento energético do país.
Embora ainda não haja uma decisão final, a proposta do retorno do horário de verão visa principalmente a redução da carga sobre o sistema elétrico durante horários de pico. Com o aumento da demanda por energia, especialmente ao anoitecer, quando as produções solar e eólica diminuem, o horário de verão é apresentado como uma estratégia para gerenciar de forma eficiente a demanda energética.
Por que considerar o retorno do horário de verão?

A reintrodução do horário de verão pode trazer influências positivas significativas para o sistema energético nacional. Ao ajustar o horário de pico de consumo para um período com maior incidência solar, a necessidade de acionamento de usinas térmicas, que têm altos custos operacionais e são mais poluentes, é reduzida. Além disso, a medida alivia a pressão sobre os reservatórios das hidrelétricas, principalmente nos períodos de seca.
Quais são os benefícios esperados com essa mudança?
Com o aumento do uso de fontes de energia renovável, como solar e eólica, o Brasil enfrenta desafios em termos de estabilidade e previsão de oferta de energia. Estas são fontes intermitentes, que não conseguem atender completamente à demanda noturna. O horário de verão se mostra uma alternativa prática e econômica para suavizar a demanda energética, mantendo o equilíbrio do sistema. Entre os benefícios esperados estão:
- Redução de custos: Minimiza o uso de usinas térmicas, reduzindo custos e emissões de poluentes.
- Conservação de água: Alivia a pressão sobre reservatórios de hidrelétricas em períodos secos.
- Eficiência energética: Otimiza o uso da energia disponível, especialmente das fontes renováveis.
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Que desafios o Brasil enfrenta na transição para energias renováveis?
O crescimento de fontes de energia renováveis como solar e eólica no Brasil traz desafios significativos para o sistema elétrico. A intermitência dessas fontes significa que a geração não é constante, variando com as condições climáticas e com o ciclo diurno/noturno. Isso requer uma infraestrutura de rede altamente flexível para garantir um fornecimento estável de energia.
Enquanto as discussões continuam, fica evidente que a avaliação cuidadosa de todas as implicações – econômicas, ambientais e sociais – é crucial para uma decisão informada. O potencial impacto do horário de verão na conservação de energia e na sustentabilidade destaca a importância de estratégias bem planejadas para enfrentar os desafios energéticos do futuro.