O Bolsa Família, programa social crucial para milhões de brasileiros vivendo em condições de vulnerabilidade, está prestes a passar por uma significativa transformação digital. A partir de novembro de 2025, um novo requisito será introduzido para os beneficiários: o cadastro biométrico. Este processo envolverá a utilização de impressões digitais ou reconhecimento facial, visando aumentar a segurança e a eficiência do sistema de pagamentos sociais do governo.
Segundo informações do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), essa medida visa prevenir fraudes e assegurar que o benefício alcance verdadeiramente aqueles que têm direito. Rogério Mascarenhas, secretário de Governo Digital, ressaltou a importância dessa nova etapa, comentando que a biometria se tornará um padrão para tudo que envolver a distribuição de benefícios públicos. Este processo se integrará com a Carteira de Identidade Nacional (CIN) e outros sistemas oficiais, abrangendo dados de cerca de 150 milhões de brasileiros.
Como será implementado o cadastro biométrico?

A implantação do cadastro biométrico será gradual, permitindo que os beneficiários do Bolsa Família se adaptem sem o risco de perderem o benefício. A proposta é desenvolver esse processo em parceria com a Caixa Econômica Federal, que utilizará a sua ampla base de dados biométricos para efetuar pagamentos. Adicionalmente, a Caixa vai intensificar seu atendimento presencial em agências para facilitar esse processo.
O governo estipulou que certas exceções serão feitas mediante condições especiais. Indivíduos com mais de 80 anos ou com dificuldades de mobilidade poderão ser dispensados desse requisito, um alívio concedido pelo Decreto Nº 12.561/2025. Essa abordagem cuidadosa garante que as necessidades dos mais vulneráveis não sejam negligenciadas.
Quais cuidados serão tomados com a proteção de dados?
Um dos aspectos centrais na implementação do cadastro biométrico é a segurança das informações dos cidadãos. A Secretaria de Governo Digital será responsável pela administração do processo, em completa conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e as diretrizes da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Esta atenção à privacidade e segurança dos dados visa fortalecer a confiança dos brasileiros no processo.
- A biometria será essencial para evitar fraudes.
- Integração com a base da Carteira de Identidade Nacional (CIN).
- Parceria com a Caixa Econômica Federal para efetivar pagamentos.
- Dispensas aplicáveis a idosos e pessoas com mobilidade reduzida.
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Qual é o impacto esperado dessa mudança?
O governo espera que a adoção do cadastro biométrico traga mais transparência ao programa do Bolsa Família. Com a maioria dos brasileiros já cadastrados biometricamente por meio de bancos e o sistema eleitoral, o processo deverá ser rápido para muitos. No entanto, aqueles que ainda não têm registro precisarão comparecer a pontos de atendimento para completar o cadastro.
Em síntese, essa inovação não apenas visa melhorar a eficiência e a segurança do Bolsa Família, mas também reforça a confiança em um dos programas sociais mais vitais do país. As medidas planejadas para proteger os dados e facilitar a transição para os beneficiários são promissoras, garantindo que essa mudança seja positiva em múltiplos aspectos, assegurando que o apoio oferecido chegue onde precisa chegar.