A busca pela perda de gordura é um objetivo comum para quem começa a praticar exercícios físicos. Entre as diversas estratégias comentadas, o Treino em Jejum ganhou popularidade como uma potencial abordagem para aumentar a queima de gordura. A teoria sugere que, ao exercitar-se num estado de jejum, o corpo recorreria às reservas de gordura para obter energia. No entanto, a eficácia dessa prática é mais complexa do que pode parecer inicialmente.
De acordo com a médica nutróloga Danielli Orletti, há registros de maior utilização da gordura corporal como fonte de energia durante o exercício em jejum, mas isso não equivale necessariamente ao emagrecimento desejado. A especialista enfatiza que esta prática não é indicada para todos os exercícios e que pode apresentar riscos se não for executada corretamente. O Treino em Jejum, geralmente, ocorre após um período de 8 a 12 horas sem ingestão alimentar, comumente depois de uma noite de sono.
Como o jejum influencia na queima de gordura durante os exercícios?
A prática de treinar em jejum tem como um de seus principais argumentos a alta mobilização dos ácidos graxos como fonte de energia. Durante o jejum, a presença reduzida de insulina no sangue estimula o corpo a utilizar gorduras como combustíveis. Apesar disso, Danielli ressalta que a eliminação efetiva de gordura corporal depende de um balanço energético negativo contínuo, ou seja, o gasto energético total deve superar a ingestão calórica.

A janela alimentar reduzida potencializa o emagrecimento?
Uma das formas como o jejum pode contribuir para a perda de peso é através da redução da janela alimentar — o período diário em que se consome alimentos. Com menos tempo para comer, a ingestão calórica tende a ser menor, favorecendo um déficit calórico. Este ajuste pode, assim, auxiliar indiretamente no processo de emagrecimento. Contudo, é importante observar que essa abordagem não é uma solução universal e deve ser adaptada às necessidades individuais.
Quais são os riscos e quem deve evitar o Treino em Jejum?
O Treino em Jejum apresenta alguns riscos significativos, principalmente para indivíduos que sofrem de certas condições de saúde. O principal perigo é a hipoglicemia, que pode causar tonturas, desmaios e reduzir a eficácia no exercício devido à menor disponibilidade de energia. Pessoas com diabetes, hipertensão não controlada, distúrbios da tireoide, gestantes, lactantes e indivíduos com histórico de compulsão alimentar são aconselhados a não seguir essa prática.
Que cuidados são necessários ao adotar o Treino em Jejum?
Para adotar o Treino em Jejum de forma segura, diversos aspectos devem ser considerados. Antes do exercício, garantir um sono de qualidade e manter-se devidamente hidratado são fundamentais. Durante a atividade, é crucial respeitar os limites pessoais e estar atento a sinais de hipoglicemia. Após o treino, a ingestão de carboidratos saudáveis e proteínas de alto valor biológico ajuda a recuperação muscular e reposição de glicogênio. A médica Danielli Ortelli enfatiza que, apesar de poder ser uma tática válida sob circunstâncias específicas, o Treino em Jejum não deve ser encarado como uma solução mágica para perda de peso.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
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