A agressividade entre os jovens está se tornando cada vez mais evidente. O psiquiatra Claudio Mencacci destaca a influência das mídias sociais na normalização desse comportamento violento. Três histórias trágicas ilustram essa situação.
- Nossas crianças estão enfrentando mais agressões, internas e externas.
- Redes sociais e tecnologia influenciam comportamentos violentos.
- A ausência de autoridade e diálogo entre gerações contribui para esse cenário.
Como as redes sociais afetam o comportamento dos jovens?
Incidentes de bullying e violência juvenil estão aumentando. Para Claudio Mencacci, fatores interligados como uma cultura individualista e a comunicação deficiente entre pais e filhos contribuem para essa escalada.
Segundo Claudio Mencacci, a mídia e a tecnologia intensificam esse problema. Os jovens compartilham vídeos violentos em redes como o WhatsApp, buscando status e atenção. Além disso, plataformas como Instagram e Facebook também facilitam a exposição desses conteúdos, ampliando o alcance e o impacto dessas atitudes negativas.

Por que a violência viraliza nas redes?
A busca por supremacia social leva os jovens a compartilharem conteúdo cada vez mais extremo. Vídeos de violência viralizam mais facilmente do que atos positivos porque a internet recompensa o que é chocante.
Essa exposição constante reforça a normalização da violência, dando-lhes a impressão de estarem protegidos pelo anonimato. Pesquisas recentes apontam que, em países como o Brasil e os Estados Unidos, jovens que consomem com frequência esse tipo de conteúdo demonstram maior tolerância à agressividade e comportamentos de risco, inclusive fora do ambiente online.
A falta de autoridade incentiva o comportamento agressivo?
Para Claudio Mencacci, a ausência de uma autoridade firme cria uma sensação de impunidade nos jovens. Eles precisam compreender que suas ações têm consequências.
Famílias e instituições como escolas deveriam ensinar o reconhecimento e respeito pelo outro, algo que está em falta nos dias de hoje. Projetos públicos em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro tentam estimular o diálogo e a disciplina entre os jovens como forma de prevenção à violência.
- Colabore com educadores para implementar programas de gestão emocional na escola.
- Promova diálogos abertos entre pais e filhos sobre o uso responsável da tecnologia.
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Como revitalizar o tecido educacional?
A fragilidade do sistema educacional reflete uma cultura de individualismo. Estimular a empatia e criar novos modelos de convivência são passos essenciais para reverter esse quadro.
Jovens devem ser envolvidos na formulação de novas regras, respeitando o ambiente e aprendendo o valor da comunidade. Iniciativas em instituições como a Unesco têm promovido debates sobre o papel da educação no combate ao individualismo e à intolerância nas escolas.
Como fortalecer comunidades educativas?
Para combater essa crescente agressividade juvenil, é crucial revitalizar o papel da família e da escola como núcleos educacionais.
- Ensinar gestão emocional e empatia é essencial para criar ambientes mais saudáveis.
- Incentivar diálogos intergeracionais pode transformar percepções.
- Ações coletivas entre escolas e famílias ajudam a reatar o tecido social.