Recentemente, a classificação de pressão arterial considerada de risco no Brasil foi atualizada por novas diretrizes médicas. Três sociedades médicas reconhecidas redefiniram os parâmetros para pré-hipertensão. A mudança ocorre após deliberações em congressos internacionais, como o Congresso Europeu de Cardiologia, visando aprimorar a prevenção de doenças cardiovasculares.
- Nova faixa de pré-hipertensão: valores entre 12 por 8 e 13,9 por 8,9.
- Objetivo de tratamento agora visa manter a pressão abaixo de 13 por 8.
- Foco no risco cardiovascular global e adaptação ao SUS.
O que é considerado pré-hipertensão no Brasil atualmente?
Com as novas diretrizes, os valores de pressão entre 12 por 8 e 13,9 por 8,9 são agora classificados como pré-hipertensão. Antes vistos como “normais limítrofes”, esses números exigem atenção médica renovada. A aplicação dessas diretrizes também toma como referência parâmetros utilizados em países como Estados Unidos e várias nações da Europa, promovendo a uniformização diagnóstica.
Por que a reclassificação da pressão arterial é importante?
O objetivo é fortalecer a prevenção, incentivando mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, o uso de medicamentos. Esse enfoque pretende conter a hipertensão antes que ela se instale completamente, alinhando-se às diretrizes internacionais. Além disso, médicos e equipes de saúde também contam com ferramentas digitais, como aplicativos de monitoramento aprovados por entidades como a Sociedade Brasileira de Cardiologia, para acompanhar os pacientes mais de perto.

Como as novas diretrizes alinham-se aos padrões internacionais?
A mudança no Brasil segue as novas diretrizes divulgadas no Congresso Europeu de Cardiologia, onde 12 por 8 passou a ser classificada como “pressão arterial elevada”. Esta sincronia busca padrões mais rigorosos de saúde cardíaca e facilita tanto pesquisas multicêntricas quanto a adoção de tratamentos que contam com validação em cenários internacionais, inclusive em guidelines da American Heart Association.
Qual é a meta de tratamento para hipertensos agora?
A nova diretriz estabelece que o tratamento deve buscar manter a pressão arterial abaixo de 13 por 8, independentemente de idade, gênero ou comorbidades, para reduzir o risco de complicações. Plataformas digitais podem auxiliar médicos do SUS a garantir o acompanhamento individualizado para populações de diferentes regiões, inclusive em estados como São Paulo e Minas Gerais.
Como o escore PREVENT influencia o cuidado médico?
Introduzido pela primeira vez, o escore PREVENT calcula a chance de eventos cardiovasculares em dez anos, considerando fatores como obesidade e diabetes. Isso permite uma abordagem de medicina de precisão, especialmente para pacientes de alto risco. Ferramentas digitais como o escore PREVENT são indicadas, inclusive, para uso em tablets e computadores do SUS durante consultas.
Qual é a importância do SUS nessa nova diretriz?
A diretriz foca nas condições do SUS, já que 75% dos hipertensos brasileiros são atendidos na rede pública. As recomendações adaptadas incluem o uso de medicamentos disponíveis e protocolos de acompanhamento multiprofissional. Estados como Bahia e Paraná já iniciaram campanhas para implementação dessas recomendações e treinamento dos profissionais de saúde.
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Quais são as orientações para a saúde feminina?
A nova diretriz inclui orientações sobre saúde feminina, destacando fases de maior vulnerabilidade para a hipertensão, como gestação e menopausa. Essa inclusão busca personalizar o cuidado e melhorar a saúde cardiovascular das mulheres, além de estimular campanhas educativas em datas como Dia Mundial do Coração.
A nova classificação pode afetar milhões de brasileiros?
Com as mudanças, milhões de brasileiros podem ser considerados em risco, exigindo ações práticas nas unidades de saúde diárias. Isto engloba tanto consultórios privados quanto a saúde pública, assegurando que as recomendações sejam efetivamente implementadas. A criação de programas em cidades como Rio de Janeiro e Porto Alegre também tem sido discutida como forma de monitorar e orientar a população sobre as novas metas de controle da pressão arterial.
Os principais aprendizados do artigo incluem:
- Redefinição dos parâmetros de pressão arterial para prevenção precoce.
- Adaptação das diretrizes às condições do SUS, focando na saúde pública.
- Introdução do escore PREVENT para abordagens de medicina de precisão.