Uma nova diretriz do 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia trouxe mudanças significativas nos parâmetros de pressão arterial no Brasil. Agora, valores entre 120-139 mmHg sistólica e/ou 80-89 mmHg diastólica são classificados como pré-hipertensão. Mudanças no estilo de vida são recomendadas, com medicação em alguns casos.
- Redefinição dos parâmetros de pressão arterial como pré-hipertensão
- Metas de tratamento mais rígidas para todos os pacientes
- Introdução do escore PREVENT para avaliação personalizada de risco
Quais são as novas metas para tratamento da hipertensão?
A diretriz endureceu as metas de tratamento da hipertensão. Anteriormente, manter a pressão abaixo de 140/90 mmHg era aceitável. Agora, o novo alvo é inferior a 130/80 mmHg. Esta mudança visa minimizar riscos de infarto e AVC, seguindo recomendações já adotadas em países como Estados Unidos e Reino Unido.
O foco é manter o controle da pressão em níveis mais baixos, independente da idade, sexo ou comorbidades, alinhando-se a padrões internacionais estabelecidos pela Sociedade Europeia de Cardiologia e pela American Heart Association.
Como o escore prevent auxilia na personalização do tratamento?
O escore PREVENT é uma ferramenta de avaliação do risco cardiovascular a longo prazo, considerando obesidade, diabetes e outros fatores. Isso promove um tratamento mais intensificado e personalizado para pacientes de alto risco. Ferramentas como o escore Framingham também são referenciadas para comparação internacional.

O uso deste escore aproxima a prática clínica da medicina de precisão, permitindo intervenções mais eficazes, especialmente em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro, onde o acesso a tecnologias é maior.
O que muda para o SUS e para a saúde da mulher?
Reconhecendo que 75% dos hipertensos são atendidos pelo SUS, a diretriz adapta recomendações para a rede pública, priorizando medicamentos disponíveis e protocolos adequados, especialmente nas grandes cidades brasileiras.
Em relação à saúde da mulher, há orientações para anticoncepcionais e períodos específicos como gestação e menopausa. A atenção está voltada para problemas como hipertensão gestacional, sendo citados dados recentes do Ministério da Saúde referentes a 2023 que apontam o aumento desses casos, sobretudo nas regiões Sudeste e Nordeste.
Atenção: A condição atinge 28% dos adultos brasileiros, mas apenas um terço tem controle adequado, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no final de 2023.
Quais os aprendizados essenciais da nova diretriz?
- Reavaliação dos parâmetros normais de pressão para pré-hipertensão
- Novos alvos de tratamento mais exigentes para todos os casos
- Destaque para tratamentos personalizados com o escore PREVENT
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