Na madrugada desta quarta-feira, uma mudança significativa nas condições climáticas é esperada em várias regiões de Minas Gerais, especialmente em localidades como Belo Horizonte e a Região Metropolitana. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), existe um alerta de “perigo potencial” devido a um declínio acentuado nas temperaturas, previsto para ocorrer entre a meia-noite e as 10h da manhã. Essa frente fria poderá ocasionar uma queda nas temperaturas entre 3°C e 5°C, afetando um total de 377 cidades no estado. As autoridades recomendam atenção, sobretudo para grupos vulneráveis, e aumento da vigilância nos serviços públicos.
Não é apenas Minas Gerais que está em alerta; cidades nos estados vizinhos, como Rio de Janeiro e Espírito Santo, também são afetadas pela mesma tendência de esfriamento. Essa situação evidencia a vulnerabilidade de regiões que normalmente apresentam clima mais quente a bruscas mudanças de temperatura, exigindo um olhar atento por parte das autoridades e da população quanto à necessidade de proteção extra. O fenômeno é atribuído à chegada de uma massa de ar polar, comum nos meses de inverno, porém mais intensa neste episódio.
Efeitos das baixas temperaturas nas cidades mineiras

As baixas temperaturas têm impacto direto na saúde pública, sobretudo entre crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas, com aumento dos casos de gripes e problemas respiratórios. O desconforto também gera maior procura por abrigos e por ajuda das redes de assistência social, tornando essencial a atuação das autoridades.
Além disso, observa-se aumento do consumo de energia e gás para aquecimento, o que sobrecarrega a infraestrutura e pode provocar falhas pontuais no fornecimento. A população é orientada a adotar práticas seguras no uso de equipamentos de aquecimento, evitando riscos de acidentes domésticos e economizando recursos.
Cidades com as menores temperaturas registradas
Itamarandiba, no Vale do Jequitinhonha, destacou-se recentemente entre as cidades mais frias de Minas Gerais, com registro mínimo de 10,8°C, enquanto municípios do Sul como Maria da Fé e Monte Verde frequentemente registram marcas inferiores a 5°C durante as ondas de frio.
No cenário nacional, cidades do Sul do Brasil, como Tupanciretã, São Francisco de Paula e São José dos Ausentes, também estiveram entre as mais geladas, junto a municípios catarinenses como São Joaquim e Cambará do Sul. Esses lugares acabam atraindo turistas em busca de experiências ligadas ao frio intenso.
Como as cidades menos preparadas podem lidar com o frio
Regiões pouco acostumadas ao frio precisam intensificar a distribuição de agasalhos, abrigos e campanhas públicas para atendimento emergencial de pessoas em situação vulnerável. A colaboração entre órgãos públicos e entidades civis é fundamental para ampliar o suporte nesses dias.
Também se recomenda a implementação de estratégias de médio e longo prazo, como o fortalecimento da infraestrutura dos espaços públicos e ampliação dos sistemas de aquecimento em escolas e hospitais. Campanhas periódicas ajudam a conscientizar a população sobre práticas adequadas de proteção contra o frio.
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Adaptações necessárias e exemplos de resposta
O monitoramento constante das previsões meteorológicas facilita a atuação coordenada entre defesa civil, órgãos municipais e estaduais, além de permitir respostas mais assertivas frente aos alertas de frio. O uso de redes sociais e aplicativos oficiais acelera a disseminação de informações preventivas.
Diante do cenário de mudanças climáticas e eventos extremos mais frequentes, é cada vez mais urgente que as cidades invistam em soluções inovadoras de gestão climática. A responsabilidade coletiva e a solidariedade são determinantes para garantir saúde, conforto e segurança durante períodos de baixas temperaturas em regiões normalmente não preparadas.