Manter uma rotina de atividade física à medida que envelhecemos é crucial para preservar a qualidade de vida, prevenir doenças e promover a longevidade. Pesquisas da Universidade de Stanford destacam que, após os 50 anos, o exercício deve se concentrar em três pilares principais: força, resistência e equilíbrio. Esses aspectos são essenciais para diminuir o risco de quedas, aprimorar a mobilidade e combater a perda natural de massa muscular (sarcopenia) e óssea (osteopenia), comuns nessa fase da vida.
Para aqueles que buscam melhorar a flexibilidade, o equilíbrio e a resistência sem grande impacto físico, os exercícios de baixa intensidade são ideais. A Universidade de Stanford recomenda atividades como o Tai Chi, conhecido por seu caráter grupal e social, que melhora o equilíbrio dinâmico, a flexibilidade e a força muscular das extremidades inferiores. No entanto, é aconselhável cautela para indivíduos com osteoporose ou problemas de coluna, sugerindo-se 60 minutos de prática, duas vezes por semana, por mais de 10 meses. Outras atividades como yoga e hidroginástica também podem ser opções interessantes, pois trabalham respiração, consciência corporal e mobilidade articular.
Quais são os benefícios das atividades aeróbicas para idosos?
Caminhar se destaca como uma das atividades mais acessíveis e eficazes. Recomenda-se caminhadas rápidas, de 30 a 60 minutos, várias vezes por semana. Além disso, realizar caminhadas em parques de cidades ou em regiões próximas à natureza pode tornar a atividade mais prazerosa e social. Já os exercícios de alta intensidade, que podem parecer desafiadores, proporcionam benefícios significativos na força, massa muscular e saúde cardiovascular.
Estudos no The New England Journal of Medicine apontam o treinamento de resistência como essencial para combater a sarcopenia e melhorar a função física em idosos. Francisco Ozores, professor nacional de educação física, explica que esses exercícios também estimulam o recrutamento de cálcio, fortalecendo os ossos e prevenindo a osteoporose, quando realizados uma hora, duas vezes por semana, com supervisão.

Como adaptar o HIIT para a terceira idade?
O HIIT (Treinamento Intervalado de Alta Intensidade) surge como uma modalidade eficiente para melhorar a capacidade aeróbica e a força em um curto espaço de tempo. O uso de dispositivos de monitoramento, como smartwatches e aplicativos de saúde, pode auxiliar no controle da intensidade e segurança dos treinos. Além disso, correr e participar de esportes coletivos melhoram a aptidão cardiorrespiratória e oferecem vantagens sociais, embora correr represente um maior risco de lesões nas articulações e ossos.
Por que adotar o treinamento de força após os 40 anos?
O treinamento de força não apenas aprimora a aparência física, mas também é vital para a saúde metabólica e óssea, especialmente após os 40 anos. A contração muscular produz mioquinas, substâncias benéficas ao funcionamento dos órgãos. Além disso, o treinamento de força melhora a postura, flexibilidade e metabolismo basal, auxiliando no equilíbrio do peso corporal. A variedade e progressão das atividades, como Pilates, caminhadas e HIIT, são fundamentais para manterem a motivação e evitarem o estancamento.
A prática regular de exercícios físicos adaptados às capacidades individuais é essencial para um envelhecimento ativo e saudável. Complementar a atividade física com uma alimentação balanceada potencializa seus benefícios, preservando a independência funcional durante a meia-idade e a velhice. Permanecer ativo e comprometido com um regime adequado é a chave para uma vida mais saudável e plena.