No Reino Unido, a semana de quatro dias está redefinindo o cenário de trabalho, oferecendo um novo equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Este modelo inovador, que permite quatro dias de trabalho e três de descanso, tem sido bem-sucedido em várias empresas, apresentando uma melhoria significativa no bem-estar dos funcionários sem afetar a produtividade.
- Redução significativa de estresse entre os trabalhadores.
- Aumento de produtividade sem aumentar a carga horária.
- Adaptação e ajustes necessários no ambiente de negócios tradicional.
Quais são os impactos positivos segundo os estudos?
Os estudos indicam uma melhora considerável no bem-estar dos funcionários, com uma redução de 71% no burnout e menos ausências por problemas de saúde. As empresas também relataram queda nos pedidos de demissão enquanto viam um leve aumento nas receitas.
Adicionalmente, houve um decréscimo de 39% no estresse dos trabalhadores. Também foram registradas melhorias em ansiedade e qualidade de sono, evidenciando ganhos na saúde integral dos colaboradores.
Os benefícios não se restringem ao ambiente de trabalho. Com uma vida pessoal mais equilibrada, 96% dos colaboradores reconheceram impactos positivos em sua rotina pessoal, sentindo-se mais energizados e eficazes.

Como as empresas estão se adaptando ao novo modelo?
A professora Juliet Schor destaca a continuidade dos benefícios físicos e psicológicos mesmo após o término do estudo. O sucesso da implementação dependeu da forte colaboração interna, essencial para esse novo formato de trabalho.
O modelo visa reduzir a carga horária semanal para aproximadamente 31,6 horas, garantindo um dia adicional de folga sem condensar o esforço de trabalho. A eficiência e resultados são priorizados.
Quais são os desafios e perspectivas do futuro dessa jornada reduzida?
A transição apresenta desafios, principalmente em relação à sincronização com empresas que seguem a tradicional semana de cinco dias. O planejamento estratégico e comunicação tornam-se fundamentais para superar esses obstáculos.
Internacionalmente, o sucesso do modelo britânico atraiu interesse. Iniciativas na Escócia e o apoio de organizações como a 4 Day Week Global sugerem um movimento em direção à adoção mais ampla deste novo regime de trabalho. Em outros lugares da Europa e também em países como Estados Unidos, relatos de testes desse modelo ganham destaque, mostrando que o tema segue em discussão além das fronteiras britânicas.
No contexto brasileiro, o tema da flexibilização do regime de trabalho segue avançando nas discussões legislativas. Recentemente, a deputada Erika Hilton apresentou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que visa a redução da jornada semanal de trabalho, argumentando que tal medida teria impacto econômico pouco significativo. Essa proposta aguarda parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, e seu avanço pode impulsionar mudanças profundas na organização do trabalho no país.
Quais são as principais lições do modelo de semana encurtada?
- Bem-estar dos funcionários é notavelmente aprimorado com a semana de quatro dias.
- Desafios de implementação existem, mas são manejáveis com um planejamento cuidadoso.
- Há um crescente interesse global em testar e implementar este modelo de forma mais ampla.