O uso de acetaminofeno, popularmente conhecido como Tylenol, durante a gravidez tem gerado debates recentes sobre uma possível associação com o desenvolvimento de autismo. Vamos explorar o que a ciência realmente diz sobre isso.
- Notificação do FDA sobre o uso de acetaminofeno na gravidez.
- Estudos revelam associações, mas não causação direta.
- Declarações de especialistas sobre a segurança do medicamento.
O que dizem os estudos recentes?
Uma revisão de pesquisas realizada por Harvard-Mount Sinai sugeriu um risco levemente aumentado de autismo e TDAH em crianças expostas ao acetaminofeno no útero. Contudo, essa associação não implica em causalidade.
Por exemplo, um estudo na Suécia com 2,5 milhões de crianças mostrou que associações se tornam insignificantes quando analisadas em grupos de controle de irmãos. Isso ressalta a importância de investigar outros fatores, como infecções maternas ou condições pré-existentes, que podem estar relacionados aos resultados.
O que dizem os especialistas?
Médicos como Christine Feigal e Danelle Fisher enfatizam que, apesar das associações observadas, não há provas de que o consumo de Tylenol durante a gravidez cause autismo. Eles alertam para os riscos de evitar tratamento para dor ou febre na gravidez.

Além disso, outras instituições de referência, como o Instituto Nacional de Saúde, também recomendam cautela na interpretação de estudos observacionais sobre o tema, lembrando que diversos fatores podem interferir nos resultados.
Tylenol é uma opção segura?
Tylenol permanece uma das poucas opções seguras para aliviar dor e febre durante a gravidez. Abster-se de tratá-las pode levar a riscos aumentados, como defeitos do tubo neural.
Atenção: sempre consulte seu médico antes de fazer quaisquer mudanças relacionadas ao uso de medicamentos durante a gravidez.
Existe consenso científico ou vozes contrárias?
Grupos como o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas reafirmam que não há evidência credível ligando acetaminofeno ao autismo, e criticam declarações alarmistas como perigosas e desinformadas.
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Qual o papel do ácido fólico no desenvolvimento infantil?
Embora sejam sugeridos potenciais benefícios da leucovorina, uma forma de ácido fólico, como tratamento para autismo, a ciência está em estágios iniciais e são necessários mais estudos para conclusões definitivas.
Quais são as principais conclusões?
- Não há evidência científica robusta que ligue diretamente o Tylenol ao autismo.
- Os especialistas continuam a recomendar com segurança o uso de acetaminofeno para dor e febre durante a gravidez.
- O aumento nas taxas de autismo pode ser mais relacionado a uma melhor detecção e critérios diagnósticos alargados.