A Câmara dos Deputados do Brasil está prestes a deliberar sobre uma proposta de grande impacto socioeconômico: a isenção do imposto de renda para aqueles que ganham até R$ 5.000,00. Esta medida vem sendo considerada um avanço na busca por justiça social no país. Essa iniciativa, PL nº 1.087/25, surge em um cenário onde a carga tributária tem sido amplamente debatida, especialmente pela sua percepção de impacto desproporcional sobre as camadas de renda mais baixa.
O projeto, idealizado pelo Poder Executivo, foi apresentado aos legisladores em março de 2025 e tem despertado bastante interesse tanto no parlamento quanto fora dele. Estima-se que a isenção acarretará um custo de R$ 25,8 bilhões anuais aos cofres públicos. Esse montante deverá ser equilibrado por meio da aplicação de uma carga tributária mais elevada sobre aqueles com rendimentos superiores a R$ 600 mil anuais. Assim, busca-se não só aliviar a carga sobre quem tem menos, mas também redistribuir de forma mais equitativa a responsabilidade tributária no país.
Panorama da proposta de isenção do imposto de renda

A isenção do imposto de renda para trabalhadores que recebem até R$ 5.000 visa proporcionar maior justiça fiscal, beneficiando milhões de brasileiros das faixas de menor renda. Tal medida representa uma resposta direta às demandas da sociedade por uma tributação menos onerosa para quem possui menor capacidade contributiva.
A proposta foi pensada para neutralizar a carga excessiva sobre as classes menos favorecidas, reduzindo a desigualdade na arrecadação e estimulando o poder aquisitivo de famílias que tradicionalmente destinam grande parte de seus rendimentos ao consumo básico.
Compensação e realocação da carga tributária
Para compensar a perda de arrecadação gerada pela isenção, o projeto sugere um aumento nos impostos para pessoas físicas com rendimentos acima de R$ 600 mil por ano. Esta estratégia procura estabelecer uma progressividade, onde quem ganha mais contribui proporcionalmente mais para o orçamento público.
A redistribuição é vista como um elemento essencial para garantir sustentabilidade fiscal, além de atender aos princípios de equidade social. Economistas defendem esse modelo por promover uma política tributária mais justa e ajustada às diferenças econômicas.
Impactos econômicos e sociais da medida
Entre os principais benefícios esperados, destaca-se o estímulo à economia nacional, já que mais famílias terão recursos disponíveis para o consumo, aquecendo setores como comércio e serviços. Este cenário pode contribuir para a geração de empregos e aumento da arrecadação indireta.
Adicionalmente, ao reduzir o peso dos tributos sobre a população de menor renda, o governo proporciona maior inclusão social e melhora a qualidade de vida, atendendo parte das demandas por igualdade e justiça no país.
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Desafios e perspectivas futuras para a política fiscal
A aprovação da medida exigirá do governo mecanismos de controle para garantir que a ampliação da faixa de isenção não comprometa serviços públicos essenciais nem projetos prioritários. Será fundamental um acompanhamento rigoroso dos efeitos fiscais dessa política.
Além disso, o avanço deste projeto pode inspirar novas discussões sobre reformas tributárias no Brasil, apontando para um caminho de políticas públicas mais sensíveis às desigualdades e alinhadas às necessidades da população.