Uma pesquisa publicada no Journal of the American College of Cardiology revelou que quase todas as pessoas que sofrem ataque cardíaco, derrame ou insuficiência cardíaca apresentaram sinais de alerta anos antes do evento.
- Mais de 99% dos pacientes tinham fatores de risco identificáveis
- Hipertensão foi o problema mais frequente nos grupos analisados
- O estudo acompanhou mais de 9 milhões de adultos por uma década
Quais sinais costumam surgir antes de um ataque cardíaco?
Segundo o estudo divulgado em 29 de setembro de 2025 no Journal of the American College of Cardiology, praticamente todos os pacientes apresentaram fatores de risco antes da emergência cardíaca. Entre os mais comuns estão pressão alta, colesterol elevado, glicemia alterada e tabagismo.
Esses fatores podem se manifestar anos antes do evento, mas muitas vezes passam despercebidos ou são subestimados. A pesquisa reforça que reconhecer e tratar esses sinais pode reduzir drasticamente as chances de complicações.

Quais fatores de risco mais preocupam os cardiologistas?
A equipe da Northwestern Medicine, liderada pelo Dr. Philip Greenland, analisou quatro condições principais que determinam a saúde do coração. Cada uma delas tem impacto direto e cumulativo no organismo.
- Pressão arterial acima de 120/80 mmHg ou em tratamento
- Colesterol total acima de 200 mg/dL ou em tratamento
- Glicemia de jejum acima de 100 mg/dL ou diagnóstico de diabetes
- Histórico de tabagismo atual ou passado
As doenças cardíacas realmente acontecem sem aviso?
Muitos acreditam que ataques cardíacos e derrames acontecem de forma repentina. O estudo desafia esse mito ao mostrar que mais de 93% dos pacientes tinham pelo menos dois fatores de risco associados antes da emergência.
Até mesmo mulheres abaixo dos 60 anos, consideradas de menor risco, apresentaram indicadores prévios antes de desenvolver insuficiência cardíaca ou sofrer um acidente vascular cerebral.

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Qual foi a metodologia usada para chegar a essas conclusões?
Os pesquisadores analisaram registros de saúde de mais de 9 milhões de adultos na Coreia do Sul e quase 7 mil pessoas nos Estados Unidos, ao longo de mais de uma década. Esse volume de dados permitiu identificar padrões consistentes.
Mesmo níveis discretamente elevados de pressão, colesterol ou glicemia já aumentavam o risco cardiovascular de forma contínua e acumulativa, confirmaram os autores do artigo científico.
Que medidas práticas podem reduzir os riscos de emergência cardíaca?
O Dr. Philip Greenland ressaltou que o foco agora deve estar em controlar fatores de risco modificáveis, em vez de buscar causas menos relevantes. Isso significa adotar medidas de prevenção cotidianas.
- Manter alimentação equilibrada e pobre em gorduras saturadas
- Praticar exercícios físicos regulares para fortalecer o coração
- Fazer check-ups médicos periódicos para monitorar pressão, colesterol e glicemia