O Sono desempenha um papel crucial em manter o bem-estar físico e mental de um indivíduo. No entanto, não conseguir dormir é uma situação comum que pode ter um impacto significativo na saúde. As causas dessa dificuldade variam e podem incluir ansiedade, estresse, depressão, apneia do Sono, consumo excessivo de cafeína, mudanças hormonais como a menopausa, além de fatores ambientais, como a temperatura do quarto, ou comportamentais, como o uso excessivo de dispositivos eletrônicos.
Ansiedade é uma reação do organismo frente a desafios ou ameaças percebidas. Embora seja uma emoção natural, em níveis elevados, pode tornar-se um transtorno, afetando a capacidade de dormir ao provocar preocupação incessante. Da mesma forma, o estresse derivado de fatores como pressão no trabalho ou eventos pessoais traumáticos pode aumentar os níveis de cortisol, um hormônio que interfere no Sono. Estratégias como a prática de exercícios físicos e a organização de uma rotina relaxante podem ser benéficas para minimizar os efeitos desses fatores.
Como a depressão influencia o sono?
A depressão é conhecida por alterar o ciclo do sono de diversas formas. Pessoas afetadas podem apresentar insônia, dormir apenas por curtos períodos ou, contrariamente, dormir excessivamente. Esses sintomas, somados a outros sinais de depressão como sentimentos de desesperança, contribuem para um sono não reparador. Psicoterapia e, em alguns casos, medicamentos antidepressivos são indicados para auxiliar na recuperação do equilíbrio emocional e melhorar a qualidade do sono.
Qual o papel do ciclo circadiano e da cafeína?
O ciclo circadiano regula os padrões de sono e vigília, e sua desregulação pode levar à síndrome do atraso da fase do sono, frequentemente observada em adolescentes. Além disso, a cafeína, um conhecido estimulante, interfere na capacidade de adormecer. A metabolização varia entre indivíduos, mas, em geral, recomenda-se evitar seu consumo próximo ao horário de dormir. O ajuste dos horários de exposição à luz e o consumo de infusões calmantes podem ajudar a restaurar o padrão natural de sono.

Como o ambiente afeta a qualidade do sono?
O uso constante de dispositivos eletrônicos antes de dormir está associado a dificuldades para adormecer. A luz emitida pelos ecrãs digitais inibe a produção de melatonina, hormônio essencial para o início do sono. Além disso, a temperatura do quarto pode impactar diretamente o conforto durante a noite; um ambiente muito quente ou frio tende a interromper o descanso. Ajustar a temperatura para um padrão entre 18 e 22°C, junto com a redução do uso de aparelhos eletrônicos, pode promover um ambiente mais propício ao sono.
Condições médicas e hormonais que afetam o sono
A menopausa é uma fase crítica que pode trazer dificuldades para dormir devido a mudanças hormonais. Já a apneia do sono, caracterizada por interrupções respiratórias, resulta em vigílias frequentes e cansaço diurno. Por fim, a síndrome das pernas inquietas também contribui para a má qualidade do sono, com movimentos involuntários que interrompem o descanso.
Nestas circunstâncias, a orientação médica especializada é essencial para investigar e tratar as causas subjacentes de insônia. Com uma abordagem multidisciplinar, é possível restaurar a qualidade do sono e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida.
Entre em contato:
Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271
