Um estudo europeu revelou que filhos de homens que começaram a fumar na adolescência apresentam envelhecimento biológico acelerado, levantando preocupações sobre danos intergeracionais do tabaco.
- Tabagismo precoce dos pais acelera envelhecimento nos filhos
- Mudanças epigenéticas afetam espermatozoides
- Diferença pode chegar a 15 meses na idade biológica
Como o tabagismo precoce impacta o envelhecimento dos filhos?
Pesquisadores observaram que o hábito de fumar na adolescência paterna está ligado a uma diferença significativa na idade biológica dos filhos. Filhos de pais que fumaram cedo apresentam envelhecimento celular acelerado, sugerindo danos transmitidos ao DNA.
Essas alterações não afetam apenas a saúde imediata, mas podem marcar o desenvolvimento ao longo da vida. A descoberta reforça que o tabaco provoca efeitos duradouros e que ultrapassam gerações.

Quais evidências foram encontradas na pesquisa?
O estudo europeu reuniu dados de centenas de participantes para avaliar como o tabaco afeta descendentes de pais fumantes. Os resultados mostraram diferenças mensuráveis na idade biológica, mesmo após ajuste de variáveis.
- Idade biológica até 1 ano maior em filhos de pais fumantes precoces
- Diferença chega a 15 meses se os filhos também fumam
- Relógios epigenéticos foram usados para medir o impacto
Qual foi a metodologia usada para medir os efeitos?
A equipe analisou amostras de sangue de 892 pessoas, comparando idade biológica e cronológica. A medição foi feita por meio de relógios epigenéticos, que identificam alterações químicas no DNA ligadas ao envelhecimento.
Questionários detalhados sobre histórico de tabagismo ajudaram a traçar conexões. O vínculo mais forte surgiu em descendentes de pais que começaram a fumar antes dos 15 anos, reforçando a relevância dessa fase da vida.

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Esses efeitos também ocorrem em mães fumantes?
Embora mães que fumaram antes da gravidez possam transmitir alguns riscos, os pesquisadores não encontraram um padrão consistente de envelhecimento acelerado nos filhos. Isso indica que a vulnerabilidade pode estar mais ligada ao período da puberdade masculina.
Essa diferença sugere que a formação dos espermatozoides nesse estágio é mais suscetível a alterações epigenéticas. O estudo aponta o tabagismo precoce masculino como fator-chave nos danos transmitidos.
O que pode ser feito para reduzir os riscos futuros?
Os especialistas reforçam a urgência em prevenir o início do uso de tabaco e outros produtos com nicotina entre adolescentes, já que os danos podem ultrapassar gerações.
- Fortalecer políticas contra o acesso precoce ao cigarro
- Incentivar campanhas educativas em escolas
- Alertar jovens sobre riscos de cigarros eletrônicos