Os repasses do Bolsa Família para outubro estão organizados de acordo com um cronograma específico, conforme informações do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. Esses pagamentos são destinados a famílias em situação de vulnerabilidade social e são definidos pelo último dígito do Número de Identificação Social (NIS) do titular do benefício. Em regra, as transferências são efetuadas nos dez últimos dias úteis de cada mês, com exceção de dezembro, em que o calendário é antecipado, garantindo o recebimento antes do Natal.
O programa contempla diferentes tipos de apoio financeiro para as famílias. O Benefício de Renda de Cidadania (BRC) oferece R$ 142 por membro da família, enquanto o Benefício Complementar (BCO) assegura que cada família receba, no mínimo, R$ 600 mensais. Já o Benefício Primeira Infância (BPI) destina R$ 150 para crianças de até seis anos. Além disso, há o Benefício Variável Familiar (BVF), que concede um adicional de R$ 50 para gestantes e jovens entre sete e 17 anos, e o Benefício Variável Nutriz (BVN), que inclui R$ 50 por bebê de até sete meses, vigente desde setembro.
Quais exigências os beneficiários do Bolsa Família devem atender?

A manutenção do auxílio está condicionada a diversos critérios relacionados à educação e saúde. As famílias devem garantir a matrícula e a frequência escolar regular de crianças e adolescentes entre quatro e 17 anos. Além disso, é imprescindível que o calendário vacinal de acordo com o Ministério da Saúde esteja atualizado. O não cumprimento dessas exigências pode levar à suspensão temporária dos benefícios, tornando vital a atenção a essas obrigações para evitar bloqueios nos repasses.
É importante ressaltar que, além dessas obrigações diretamente relacionadas à escola e à saúde, a atualização constante dos dados do Cadastro Único (CadÚnico) é fundamental. Os beneficiários devem manter o endereço, a composição familiar e todas as informações pessoais sempre atualizadas junto à prefeitura ou ao CRAS (Centro de Referência de Assistência Social). Isso evita inconsistências que poderiam impactar o recebimento dos benefícios, além de possibilitar acesso a outros programas sociais complementares.
Como é calculado o benefício primeira infância?
O Benefício Primeira Infância é um dos componentes do Bolsa Família focado em atender famílias com crianças de até seis anos. O valor fixo de R$ 150 é destinado a cada criança nesta faixa etária, com o objetivo de auxiliar nas despesas específicas relacionadas à alimentação e cuidados básicos infantis. Desta forma, o governo busca garantir melhores condições de vida e desenvolvimento para as crianças que estão em suas etapas iniciais de vida.
O cálculo do benefício considera automaticamente, pelo sistema, todas as crianças com idade igual ou inferior a seis anos que estejam inscritas no CadÚnico da família beneficiária. Caso haja mais de uma criança nessa faixa etária registrada, o valor será multiplicado, direcionando R$ 150 para cada criança. Esta estratégia visa amparar de maneira mais expressiva os lares com maior número de dependentes em idade pré-escolar, auxiliando na superação de situações de vulnerabilidade infantil.
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Quais os impactos da não adesão às exigências do programa?
O descumprimento das condições estipuladas para receber o Bolsa Família pode ter consequências diretas na suspensão dos pagamentos. A ausência escolar de crianças e adolescentes ou a atualização em dia das vacinas são pontos críticos que, se não atendidos, podem implicar no bloqueio temporário dos auxílios. Essa medida visa garantir que os objetivos do programa sejam alcançados, promovendo melhorias nas condições de educação e saúde das famílias beneficiárias.
Além do bloqueio temporário, caso as irregularidades persistam após prazos e notificações, pode haver o desligamento definitivo do benefício. Por isso, o acompanhamento frequente da situação da família no CadÚnico e a busca por atendimento nos órgãos públicos de assistência social são recomendados. Participar de reuniões com equipes de saúde e escola, e manter contato com o CRAS, também pode facilitar a regularização e o esclarecimento de dúvidas, evitando a perda do benefício essencial.
Entender e seguir rigorosamente as diretrizes do Bolsa Família é essencial para assegurar o auxílio contínuo do programa, que desempenha um papel fundamental na redução das vulnerabilidades sociais no Brasil, promovendo dignidade e melhores condições de vida para milhões de pessoas. Esse compromisso conjunto entre beneficiários e governo representa uma peça chave na construção de uma sociedade mais justa e equitativa.