Deixar um cachorro sozinho por muitas horas pode causar riscos emocionais e físicos. Especialistas alertam que a solidão prolongada está ligada a ansiedade, estresse e até doenças.
- Tempo máximo seguro segundo profissionais
- Sinais de sofrimento ao ficar sozinho
- Formas de evitar problemas com rotina e cuidados
Qual é o tempo máximo que um cachorro pode ficar sozinho?
De acordo com a organização de bem-estar animal Vier Pfoten, os cães não devem ficar sozinhos por mais de quatro a seis horas. Após esse período, a maioria precisa se exercitar e sair para suas necessidades fisiológicas.
Em países como a Espanha, a lei proíbe que cães fiquem sem supervisão por mais de 24 horas. Mesmo com água e comida disponíveis, a solidão pode comprometer o bem-estar e gerar problemas de saúde.

Quais são os principais sinais de sofrimento canino?
O impacto da solidão pode ser identificado em diferentes comportamentos. Especialistas destacam sintomas que devem servir como alerta para os tutores.
- Uivos, gemidos e arranhões em portas após a saída do dono
- Perda de apetite, apatia e falta de interesse em passear
- Fadiga, exaustão e até sintomas semelhantes à depressão
Por que a ansiedade de separação é tão comum em cães?
A natureza social dos cães explica sua vulnerabilidade. Animais que viveram em matilha ou sofreram separação precoce tendem a sentir a ausência mais intensamente.
A ansiedade de separação está associada a traumas, mudanças de ambiente ou histórico de abandono, e pode gerar comportamentos destrutivos ou submissos ao reencontro com o tutor.

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O que dizem especialistas sobre tratamento e prevenção?
A clínica veterinária DRL recomenda modificação comportamental como base do tratamento. Isso envolve retreinamento gradual, dessensibilização a sinais de saída e uso de reforços positivos.
Veterinários podem indicar medicamentos ansiolíticos ou terapias complementares, como difusores de feromônios, mas sempre aliados a um plano consistente de rotina e adaptação.
Quais cuidados ajudam a reduzir os efeitos da solidão?
Manter uma rotina estruturada e oferecer estímulos evita que o cão associe a ausência ao abandono. Algumas medidas práticas fazem diferença no dia a dia.
- Deixar brinquedos interativos e petiscos recheados
- Manter rádio ou música suave ligada para sensação de companhia
- Contar com cuidadores, creches ou dog sitters em longas ausências