É comum que pessoas que fazem terapia ainda sintam altos níveis de estresse. Isso pode gerar frustração, como se a psicoterapia não estivesse funcionando. Segundo a psicóloga Katherine Sorroche, o estresse não surge apenas das emoções, mas de fatores biológicos e de estilo de vida que precisam ser cuidados paralelamente. Mais recentemente, especialistas de centros de saúde em São Paulo e estudos internacionais publicados em Londres confirmam que esse é um fenômeno global, especialmente na era digital marcada pelo uso intensivo de smartphones e computadores.
- A terapia ajuda, mas sozinha não elimina o estresse.
- Fatores biológicos e de estilo de vida impactam o estresse.
- Combinar terapia e hábitos saudáveis é essencial.
Por que a terapia sozinha não elimina o estresse?
A psicoterapia é poderosa para compreender emoções e desenvolver estratégias de enfrentamento. No entanto, vivemos em um mundo acelerado, cheio de estímulos e cobranças, que mantém o sistema nervoso constantemente ativado. Katherine compara a situação a tentar esvaziar um balde enquanto a torneira continua aberta.
Se a rotina inclui um sono inadequado, jornadas de trabalho excessivas e falta de pausas, o estresse permanece.
O que aumenta os níveis de estresse?

O estresse tem componentes mentais e biológicos. Alguns fatores que alimentam esse ciclo são:
- Sono insuficiente: Aumenta a reatividade emocional e reduz o controle das emoções.
- Alimentação desregulada: Excesso de alimentos ultraprocessados desequilibra neurotransmissores.
- Sedentarismo: Reduz a produção de endorfinas, aliviadoras naturais do estresse.
- Excesso de estímulos: Muitas telas e notificações, principalmente de dispositivos como smartphones, computadores e tablets, mantêm o corpo em alerta.
Mesmo que emocionalmente a pessoa esteja se trabalhando em terapia, fisiologicamente ela pode estar em exaustão. Em grandes cidades como Rio de Janeiro e Nova York, o ritmo acelerado se destaca como um fator agravante, segundo pesquisas recentes.
Como potencializar os efeitos da terapia?
De acordo com Katherine, a chave está em associar a psicoterapia a cuidados físicos e emocionais:
- Sono reparador: Regula o cortisol e fortalece o cérebro para consolidar aprendizados.
- Alimentação equilibrada: Garante nutrientes para a produção de neurotransmissores do bem-estar.
- Atividade física regular: Libera endorfinas e melhora a resiliência cerebral.
Além disso, hábitos como pausas, conexões sociais de qualidade e rotinas organizadas são fundamentais. Durante a pandemia de Covid-19, ficou ainda mais evidente a importância de equilibrar saúde emocional e física.
Terapia e estilo de vida: um combo perfeito?
A terapia continua sendo essencial para entender e lidar com as emoções. Quando combinada com hábitos saudáveis, seu impacto é multiplicado. Katherine conclui que a combinação entre psicoterapia e cuidados diários cria sustentação para a saúde mental. Essa visão foi reforçada durante eventos como a Conferência Mundial de Saúde Mental 2023, onde especialistas apontaram o papel dos hábitos cotidianos na prevenção do esgotamento.
- A terapia é a base para lidar com emoções.
- Hábitos saudáveis potencializam os efeitos da terapia.
- Combinar ambos cria sustentação para a saúde mental.