O avanço de uma frente fria pela costa brasileira modifica significativamente o clima, especialmente no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Nessas regiões, há aumento rápido da nebulosidade, chuvas intensas, ventos fortes e risco de granizo, tornando fundamental o acompanhamento das previsões meteorológicas.
Cidades como Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre registram quedas de temperatura, transtornos no trânsito e atrasos em serviços devido às condições adversas. Os efeitos se intensificam em áreas urbanas, onde o grande volume de água pode causar alagamentos e exigir atenção redobrada da população.
Por que são tão frequentes as tempestades no sul?

No Sul, especialmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o encontro de massas de ar frio e quente favorece a formação de tempestades. As serras gaúchas e catarinenses têm chuvas fortes e rajadas de vento que ultrapassam 80 km/h, ampliando o risco de quedas de árvores e blecautes.
Além disso, ciclones no litoral do Uruguai intensificam os ventos e causam elevação do mar, o que pode afetar o litoral. Nas áreas mais elevadas, há ainda relatos de geada e brusca queda de temperatura ao amanhecer, típicos dessa época do ano.
Efeitos intensos do sudeste à região centro-oeste
No Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais experimentam chuvas volumosas, seguidas de descargas elétricas e ventania. Municípios do Vale do Paraíba e serras fluminenses permanecem em alerta para temporais, com possíveis estragos em estruturas e quedas de energia.
No Centro-Oeste, os estados de Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal observam redução das temperaturas e pancadas de chuva durante o dia. As instabilidades oferecem um alívio momentâneo do calor intenso e colaboram para a diminuição de focos de incêndio na vegetação.
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Comportamento climático no nordeste e norte
No Nordeste, os impactos da frente fria são mais restritos à faixa litorânea, com pancadas de chuva principalmente da Bahia ao Rio Grande do Norte. Mesmo assim, o tempo seco persiste nas regiões de planalto, mantendo temperaturas elevadas nesta época.
Já no Norte, as áreas de Amazonas, Rondônia e sul do Pará registram chuvas intensas e ventos fortes, com risco pontual de transtornos. Em contraste, cidades do Amapá e norte do Pará têm dias ensolarados e poucas precipitações, devido à influência de massas de ar seco.