No mês de outubro, a atenção global se volta para uma causa de saúde pública que, muitas vezes, passa despercebida: o combate à Trombose. Essa campanha de conscientização adquire relevância especial, dado que a trombose afeta silenciosamente muitas pessoas ao redor do mundo. Segundo a Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia, essa condição representa um risco fatal significativo, sendo responsável por um em cada quatro óbitos. No Brasil, os números não são menos alarmantes, com milhares de internações e óbitos reportados em decorrência desse problema.
A trombose é definida pela formação de um coágulo que obstrui o fluxo normal de sangue dentro de uma veia ou artéria. Apesar de ser uma doença potencialmente letal, existe uma baixa conscientização sobre seus fatores de risco e métodos de prevenção. A história de Arthur Oliveira, um advogado de 39 anos, ilustra bem essa falta de conscientização. Oliveira, que sempre levou uma vida ativa, descobriu tardiamente sua condição de trombose venosa profunda, seguida por tromboembolia pulmonar. A condição genética, Fator V de Leiden, que foi diagnosticada após o incidente, reforça a necessidade de maior informação pública sobre a predisposição genética à trombofilia.
Quais são os fatores de risco para a trombose?
Os fatores que contribuem para a trombose são variados e incluem predisposições genéticas, como no caso de Oliveira, além de idade avançada, sedentarismo, obesidade, e hábitos como o tabagismo. Outro elemento que pode desencadear essa condição é a imobilidade prolongada, comum em viagens de longa duração ou no pós-operatório. A Dra. Monique Morgado, especialista em hematologia, ressalta que identificar esses fatores de risco é crucial para a prevenção eficaz da trombose.
Como a predisposição genética afeta o risco de trombose?
A predisposição genética é um dos aspectos mais desafiadores da trombose, uma vez que muitas pessoas desconhecem sua condição até a ocorrência de um evento grave. Estudos indicam que a trombofilia, uma condição onde há maior propensão à coagulação, afeta cerca de 10% da população. O Dr. Ricardo Di Lazzaro destaca que os diagnósticos genéticos podem ser ferramentas poderosas na prevenção, permitindo que indivíduos de alto risco tomem medidas precoces para mitigar o desenvolvimento da doença. Isso se aplica especialmente a casos em que o gene é herdado de ambos os pais, o que amplifica significativamente o risco.

Quais são as opções de tratamento para a trombose?
O tratamento da trombose envolve, inicialmente, o uso de medicamentos trombolíticos que ajudam a dissolver o coágulo. Em longo prazo, o uso de anticoagulantes, meias compressoras e a adoção de hábitos saudáveis são estratégias eficazes. A Dra. Monique Morgado enfatiza a importância de um diagnóstico rápido e preciso, como foi no caso de Oliveira, onde os exames genéticos facilitaram a recuperação ao permitir intervenções direcionadas. Assim, ao entender essa predisposição, os pacientes podem gerenciar melhor seu estilo de vida, reduzindo os riscos de complicações futuras.
Por que a conscientização sobre a trombose é crucial?
A campanha de conscientização no mês de outubro tem um papel vital em alertar a população sobre a trombose, especialmente sua natureza silenciosa e potencialmente mortal. Casos como o de Arthur Oliveira são um lembrete da importância de estar atento aos sinais do corpo e buscar orientação médica ao notar qualquer anormalidade. Conhecer o histórico familiar e considerar a possibilidade de exames genéticos são medidas preventivas que podem salvar vidas. Desta forma, a educação e a conscientização continuam sendo peças-chave na luta contra essa doença insidiosa.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
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