No começo de 2025, o governo brasileiro introduziu uma proposta inovadora para descomplicar o processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A iniciativa, comumente chamada de “CNH sem Autoescola“, visa permitir que instrutores autônomos ofereçam aulas práticas de direção. Essa mudança possui o potencial de democratizar o acesso à habilitação, ao criar mais oportunidades de emprego e oferecer opções acessíveis para futuros motoristas.
Com a proposta de descentralizar o processo de aprendizagem, a medida está em consulta pública até o início de novembro de 2025. Os interessados podem participar da discussão para contribuir com melhorias e ajustes. Esse movimento destaca a intenção do governo de levar em consideração as necessidades e sugestões da população antes de implementar mudanças definitivas.
Como tornar-se instrutor autônomo de trânsito?

Para aqueles que desejam se aventurar na carreira de instrutor autônomo, há um conjunto de requisitos básicos a serem atendidos. A primeira etapa envolve a realização de um curso de formação específico, disponibilizado gratuitamente pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Este curso é essencial para capacitar os candidatos sobre as funções pedagógicas necessárias, além de proporcionar conhecimento atualizado sobre as leis de trânsito vigentes no Brasil.
O curso oferece aos futuros instrutores uma compreensão aprofundada das responsabilidades e habilidades de condução responsável. Ao final da capacitação, os candidatos passam por uma avaliação rigorosa. Aqueles que são aprovados recebem um certificado reconhecido que valida a qualificação necessária para o ensino prático de condução.
Veículos adequados para aulas práticas
Os veículos utilizados para as aulas práticas desempenham um papel crucial nesse novo formato de ensino. Todos os carros ou motos precisam estar em conformidade com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Isso inclui estar dentro do limite de idade de fabricação permitido, possuir adesivos de identificação para veículo de ensino e manter condições de segurança adequadas.
A conformidade com essas exigências é vital, pois assegura que os aprendizes pratiquem em veículos que não apenas atendem aos padrões de segurança, mas também representam corretamente as condições de trânsito que encontrarão como motoristas habilitados.
O papel do Detran e a autonomia dos instrutores
Após a conclusão do curso, os instrutores precisam obter autorização formal do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para atuar oficialmente. Essa autorização garante que o nome do instrutor seja registrado no sistema do Ministério dos Transportes, permitindo que qualquer cidadão verifique a legitimidade do profissional pela internet.
Os instrutores autônomos possuem a flexibilidade de gerir seus próprios negócios e contratos, inclusive possuindo liberdade para decidir se continuarão suas atividades paralelamente em autoescolas tradicionais. Essa autonomia promove um ambiente mais dinâmico e competitivo, beneficiando tanto os instrutores quanto os candidatos à CNH.
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Quais são as obrigações dos instrutores?
Durante as aulas, os instrutores precisam cumprir uma série de obrigações documentais. Eles devem portar não apenas a própria CNH, mas também a credencial de instrutor e a Licença de Aprendizagem Veicular. Além disso, é necessário ter em mãos o Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo utilizado nas aulas.
A fiscalização dessas atividades fica a cargo do Detran, que pode realizar inspeções a qualquer momento para garantir a conformidade com as normativas. Esta fiscalização regular é projetada para assegurar que todos os instrutores estejam operando dentro dos regulamentos do setor, mantendo altos padrões de segurança e profissionalismo.