O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição que desperta crescente atenção na sociedade moderna, sendo caracterizado por um distúrbio no desenvolvimento cerebral. Esse transtorno afeta principalmente a interação social, a comunicação e apresenta um repertório restrito de interesses e atividades. Embora frequentemente diagnosticado na infância, seus sinais podem passar despercebidos até a vida adulta, especialmente em casos mais leves.
A etiologia do TEA é complexa, com causas que podem ser genéticas, ambientais e/ou fisiológicas. Estudos indicam que fatores genéticos são preponderantes na maioria dos casos, podendo ser responsáveis por até 90% das ocorrências. Em algumas situações, uma alteração genética isolada pode levar ao desenvolvimento do autismo, enquanto em outros casos, é necessário que haja uma combinação de predisposição genética e fatores externos.
Como é classificado o Transtorno do Espectro Autista?
O TEA é categorizado em três níveis, dependendo do suporte que a pessoa requer. Os sintomas variam significativamente entre os indivíduos, mas sinais comuns na infância incluem irritabilidade, irregularidades no sono, dificuldades na comunicação verbal e não verbal, além de possíveis limitações cognitivas e socioafetivas. Antes dos dois anos, as crianças podem demonstrar pouco contato visual, o que frequentemente é um sinal de alerta para os pais e profissionais.

Quais são os métodos de diagnóstico do TEA?
O diagnóstico do autismo é primariamente clínico, baseado na descrição dos sintomas e na observação do comportamento. Profissionais utilizam critérios clínicos para avaliar prejuízos na comunicação e interação social, juntamente com padrões de comportamento restritos e repetitivos. Em alguns casos, pode ser necessário realizar exames adicionais, como avaliações neuropsicológicas e exames laboratoriais, para confirmar o diagnóstico e planejar o tratamento mais apropriado.
Quais são as abordagens terapêuticas para o TEA?
Embora ainda não haja cura para o autismo, diversas abordagens terapêuticas existem para ajudar a mitigar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos afetados. A Análise Comportamental Aplicada é amplamente utilizada, envolvendo o ensino intensivo de habilidades essenciais. Terapias adicionais podem incluir o trabalho com fonoaudiólogos para desenvolver a comunicação e terapia ocupacional para tratar questões relacionadas ao processamento sensorial. Em alguns casos, o uso de medicação é indicado, especialmente quando existem outras condições de saúde associadas.
Como a sociedade pode apoiar indivíduos com TEA?
A rede de apoio é crucial para o desenvolvimento de pessoas com autismo. Familiares e amigos têm um papel fundamental no engajamento e na compreensão do transtorno. Além disso, a inclusão social é um aspecto importante, e leis garantem o acesso ao sistema educacional e ao mercado de trabalho para indivíduos com TEA. É essencial que a família esteja ciente desses direitos e lute por sua implementação, garantindo que as pessoas com TEA tenham suas necessidades atendidas e consigam participar plenamente na sociedade.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271
