Uma auxiliar de padaria obteve reconhecimento judicial por despedida discriminatória devido a questões de saúde, após a 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS) reformar a decisão original e determinar indenização por danos morais.
- Indenização fixada em R$ 5 mil.
- Pagamento de remuneração em dobro desde a rescisão.
- Reconhecimento da dispensa como discriminatória pela 3ª Turma do TRT-RS.
O que caracteriza uma despedida discriminatória?
O conceito de despedida discriminatória abrange situações em que um empregado é demitido devido a condições de saúde ou características pessoais legalmente protegidas. Neste caso, a condição psiquiátrica foi considerada fator determinante para a decisão.
O reconhecimento judicial reforça a proteção legal em casos em que se identifica preconceito ou estigma relacionado à saúde, ou outras condições pessoais do trabalhador.

Quais foram as principais evidências apresentadas no processo?
No julgamento, documentos como atestados médicos e uma gravação de áudio foram essenciais para a avaliação do caso. Os atestados demonstraram a condição de saúde da trabalhadora, enquanto o áudio evidenciou o conhecimento do empregador sobre a situação.
Veja a seguir os principais elementos utilizados como prova no processo:
- Atestados médicos que confirmavam a doença psiquiátrica.
- Gravação de áudio comprovando a ciência do empregador sobre a condição.
Quais são as consequências legais dessa decisão?
A decisão do tribunal evidencia a responsabilidade do empregador em evitar práticas discriminatórias no ambiente de trabalho. A pena incluiu não só indenização por danos morais, mas também pagamento em dobro dos salários desde a rescisão.
Esse entendimento enfatiza que atos discriminatórios têm consequências severas e que há rigor na punição de empregadores que não respeitam direitos trabalhistas.
De que forma doenças mentais são tratadas pela justiça do trabalho?
A justiça reconheceu que doenças mentais são equiparadas a doenças graves, destacando o impacto do estigma para quem sofre esses problemas. Isso amplia a proteção legal à saúde mental dos trabalhadores.
O entendimento judicial contribui para que empregadores sejam ainda mais cautelosos ao lidar com condições psiquiátricas entre colaboradores.
O que é o poder potestativo e quais limites ele encontra?
O chamado poder potestativo permite ao empregador demitir sem justa causa, mas esse poder não é absoluto e deve respeitar a dignidade dos trabalhadores. A legislação brasileira protege contra abusos, especialmente em situações de vulnerabilidade do empregado.
Assim, a dispensa sem justa causa não pode ignorar direitos fundamentais nem resultar em discriminação, estabelecendo limites claros à atuação do empregador.
Qual o impacto dessa decisão no mercado de trabalho brasileiro?
A decisão da 3ª Turma do TRT-RS pode criar novos precedentes em defesa dos direitos dos trabalhadores com condições de saúde delicadas. O caso chama atenção para a importância de ambientes de trabalho inclusivos.
Entre os principais impactos, destacam-se:
- Reforço da proteção legal contra discriminação ligada à saúde.
- Maior responsabilidade das empresas diante de funcionários vulneráveis.
- Consolidação do entendimento sobre despedidas discriminatórias na Justiça do Trabalho.




