Um empresário de Goiânia enfrenta um imbróglio judicial após receber, de forma inesperada, um depósito de R$ 18,666 milhões em sua conta bancária – uma situação que rapidamente se tornou um pesadelo jurídico e financeiro após a atuação rigorosa do banco envolvido.
- Erros bancários e as implicações para clientes
- Ação judicial e apreensão de bens
- Tentativas de acordo frustradas
O que acontece quando um banco faz um depósito por engano?
O caso de Guilherme Moreira, empresário de Goiânia, está entre os cerca de 400 clientes afetados por um erro bancário sistêmico que creditou milhões em diversas contas. No dia seguinte ao crédito, Guilherme utilizou parte do valor sem ainda ter sido notificado oficialmente.
Esse uso incluiu transferências relevantes e até a compra de um Porsche, evidenciando como situações assim podem levar a decisões impulsivas antes do esclarecimento da ocorrência. Esse não é um caso isolado: em 2023, casos semelhantes foram registrados em cidades como São Paulo e Belo Horizonte, levantando discussões sobre os cuidados dos bancos ao gerenciar grandes transações.

Por que o banco decidiu cobrar juros depois do erro bancário?
Após identificar o erro, o banco não só recuperou o valor como também cobrou juros agressivos, argumentando que Guilherme buscou se apropriar do montante indevidamente. O boletim de ocorrência foi aberto e houve apreensão de bens do empresário.
A postura da instituição inclui o indiciamento de clientes como Guilherme, justificando-se com o fato de o saldo inicial ser muito inferior ao vultuoso crédito recebido. Juristas apontam que, no Brasil, a responsabilização do cliente é comum, mas o debate sobre possíveis falhas dos protocolos de segurança dos bancos segue em pauta.
Quais são as possibilidades reais de negociação com o banco em casos assim?
Existem questionamentos sobre o quanto é possível dialogar com bancos nessas circunstâncias. Guilherme tentou negociar imediatamente, apresentando registros de suas tentativas de contato com a instituição financeira.
No entanto, o banco se mantém intransigente, recusando devoluções parciais e insistindo na cobrança de juros sobre toda a quantia envolvida. Advogados especializados, como Marcelo Pontes, recomendam que o registro das tentativas de contato seja feito por e-mail ou aplicativos oficiais, para inclusão nos autos caso a situação chegue ao Tribunal de Justiça de Goiás.
Entenda as consequências legais de valores indevidos recebidos em conta
Receber um valor por engano pode parecer bênção, mas, no Brasil, gastar dinheiro creditado erroneamente constitui infração penal. Advogados ressaltam que apropriar-se de valores indevidos pode causar graves problemas judiciais, mesmo quando o erro é do banco.

Diante disso, é importante conhecer as principais implicações para quem recebe e utiliza valores provenientes de erro bancário, a fim de evitar penalidades e processos.
- Omissão na devolução do valor pode resultar em indiciamento criminal.
- Acordos amigáveis com bancos nem sempre são aceitos, dificultando soluções rápidas.
- Clientes podem ter bens apreendidos e responder por infração penal, mesmo sem intenção criminosa.
O que podemos aprender com esse caso de depósito bancário indevido?
Situações como a de Guilherme Moreira alertam para a seriedade de créditos indevidos em conta. A recomendação de especialistas é para que o cliente procure o banco imediatamente e evite gastos, sob pena de complicações judiciais.
Antes de agir por impulso, é fundamental buscar informações e registrar formalmente a comunicação com a instituição financeira para documentar a boa-fé na resolução do problema. Em recente seminário realizado em Brasília, especialistas reforçaram que até aplicativos como Pix estão sujeitos a erros, sendo fundamental agir com cautela.
O que você faria em uma situação semelhante? Acredita que a cobrança de juros é justa nesse cenário? Comente e compartilhe sua opinião sobre como deveria ser resolvido este impasse financeiro legal.
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