O papel das abelhas nas frutas vai além do mel: elas transferem pólen de flor em flor, permitindo fecundação, formação de sementes e desenvolvimento dos frutos. Até 70% das culturas agrícolas dependem desse serviço biológico que sustenta nossa alimentação.
Como funciona a polinização feita pelas abelhas nas flores?
Quando pousam em flores em busca de néctar, os pelos do corpo retêm partículas de pólen, criando um contato físico que gera troca genética entre plantas. É essa transferência que permite fecundação e formação de sementes viáveis em culturas agrícolas.
Nesse processo, as flores “aceitam” o pólen trazido de outra flor, desbloqueando a formação de frutos de qualidade. Sem essa interação, mais espécies vegetais tenderiam ao abortamento floral e menor produtividade, o que afeta preço final e diversidade alimentar.

Quais alimentos dependem da polinização para existirem nas prateleiras?
Uma parte importante do que você consome hoje só chega ao supermercado porque a abelha visitou aquela flor primeiro. Abaixo estão exemplos clássicos de culturas amplamente beneficiadas por essa parceria ecológica.
- Amêndoas, maçãs, peras, morangos, melão e abóbora
- Tomate, café, maracujá, pimentão e melancia
- Castanhas tropicais, feijões e algumas hortaliças
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É verdade que mais de 70% das culturas dependem das abelhas?
Sim, estimativas globais mostram que mais de 70% das culturas alimentares humanas precisam de abelhas ou outros polinizadores para manter o nível de produção. Esse dado reforça a urgência de proteger polinizadores nativos dentro e fora das cidades.
Isso significa que, sem essa biodiversidade, a produção de comida cai, os preços sobem e a dieta global se empobrece. Manter áreas com flores nativas, inclusive em quintais, já contribui para o equilíbrio trófico entre plantas e insetos.

O que cada pessoa pode fazer para proteger abelhas nativas agora?
Há mudanças simples que reduzem impacto negativo direto e ajudam a estabilizar populações locais. E aqui não falamos de ações distantes: são gestos diários que fortalecem a resiliência ecológica nas áreas urbanas onde vivemos.
- Evitar pesticidas químicos em jardins domésticos e hortas
- Plantar flores nativas com floração contínua
- Manter áreas com ervas espontâneas para forrageio




