A PEC que propõe o fim da escala 6×1 prevê jornada 5×2, redução de 44 para 40 horas semanais sem corte salarial e pagamento em dobro aos domingos, com foco em saúde mental, convívio familiar e produtividade a partir de 2026.
O debate sobre o fim da escala 6×1 entrou em uma nova fase com o apoio do Governo Federal a uma PEC que promete alterar jornadas, descanso semanal e remuneração. A proposta mira saúde mental, convívio familiar e uma modernização histórica das leis trabalhistas.
O que muda com o fim da escala 6×1 no Brasil?
O encerramento da escala 6×1 representa o fim do modelo em que o trabalhador atua seis dias seguidos para descansar apenas um. A proposta busca reduzir o desgaste físico e mental causado por rotinas longas e pouco equilibradas.
Com a mudança, a lógica deixa de ser apenas horas cumpridas e passa a considerar qualidade de vida. O objetivo é criar jornadas mais sustentáveis, alinhadas a estudos que mostram maior produtividade entre trabalhadores descansados.
Confira o vídeo compartilhado pelo canal do YouTube Ricardo Azevedo | Advogado falando sobre as novas previsões de mudanças relacionado a jornada de trabalho no Brasil e como isso irá afetar a vida de milhões de pessoas e empresas.
Como funcionará a nova jornada 5×2 com redução de horas?
A PEC estabelece uma transição clara para o novo formato, preservando salários e ampliando o descanso semanal. A estrutura foi desenhada para permitir adaptação gradual das empresas, conforme os principais pontos abaixo.
- Jornada 5×2: cinco dias de trabalho para dois dias consecutivos de descanso.
- Redução de carga horária: de 44 para 40 horas semanais.
- Salário mantido: proibição de redução dos vencimentos.
Por que o trabalho aos domingos passará a custar mais?
Para setores que não podem interromper atividades, como saúde e parte do comércio, o trabalho aos domingos seguirá permitido, mas com regras mais rigorosas. A ideia é compensar melhor o desgaste social desses turnos.
O pagamento em dobro cria um desestímulo econômico ao uso excessivo da mão de obra nesses dias, incentivando escalas mais equilibradas e reforçando o valor do descanso semanal como direito fundamental.

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Qual o impacto social e de saúde por trás dessa proposta?
A defesa do fim da escala 6×1 se apoia no esgotamento de setores como comércio, telemarketing e saúde. A rotina atual dificulta resolver questões pessoais e compromete o bem-estar físico e emocional dos trabalhadores.
- Saúde mental: redução do risco de estresse crônico e burnout.
- Vida familiar: mais tempo para convívio e lazer.
- Produtividade: menos erros, menos afastamentos e maior engajamento.
Quando a nova escala pode começar a valer?
O cenário político é considerado favorável, com apoio do Executivo e parecer positivo na Câmara. A expectativa é que a proposta avance em dois turnos no Congresso logo após o recesso parlamentar.
Se aprovada, a mudança poderá entrar em vigor a partir de 2026, marcando a maior atualização da jornada de trabalho brasileira desde a Constituição de 1988 e redefinindo o equilíbrio entre tempo, saúde e produção.




