A MP 1303/2025 propõe elevar a tributação de investimentos a partir de 2026, afetando renda fixa, bolsa, cripto e títulos antes isentos. Alíquotas maiores podem reduzir rentabilidade e alterar estratégias dos investidores.
A MP 1303/2025 acendeu um alerta entre investidores ao propor mudanças profundas na tributação de aplicações financeiras a partir de 2026. A medida pode reduzir a rentabilidade líquida de ativos populares e reacende o debate sobre aumento de carga fiscal e segurança jurídica.
Por que a MP 1303 preocupa quem investe no Brasil?
A MP 1303/2025 surge em meio a um embate entre Executivo e Congresso sobre arrecadação. A proposta altera regras consolidadas da tributação financeira, afetando renda fixa, bolsa e criptomoedas, criando incerteza para quem planeja o longo prazo.
O ponto central é o aumento da alíquota mínima de Imposto de Renda, somado à revisão de isenções históricas. Especialistas veem risco de redução da atratividade dos investimentos domésticos e estímulo à migração de capital.
Separamos um vídeo compartilhado pelo canal do YouTube Papo de Bolsa falando sobre o novo imposto e como ele pode ameaçar investidores em 2026.
Quais aplicações passam a pagar mais imposto com a nova MP?
O texto da MP amplia a base de incidência do imposto e eleva a alíquota mínima, afetando ativos amplamente usados por investidores conservadores e moderados. As mudanças previstas atingem diretamente os investimentos listados a seguir.
- Renda fixa tradicional: CDBs, títulos do Tesouro Direto e debêntures passam a ter alíquota mínima de 17,5%.
- Bolsa de valores: ganhos líquidos seguem a nova base mínima de tributação.
- Criptomoedas: lucros deixam de ter isenção mensal e sofrem aumento da alíquota.
O que muda para LCIs, LCAs e títulos antes isentos?
Um dos pontos mais sensíveis da proposta é o fim da isenção de Imposto de Renda para LCIs, LCAs e as novas LCDs. Esses papéis sempre atraíram investidores por oferecerem rendimento líquido maior.
Com a nova regra, os rendimentos passam a ser tributados em 7,5%. O mercado alerta que essa mudança pode encarecer o crédito imobiliário e rural, já que bancos tendem a repassar o custo ao tomador final.

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Quais investimentos permanecem isentos de imposto?
Após reação negativa do mercado, houve sinalização de manutenção da isenção para alguns ativos. A preservação dessas regras evita distorções maiores e reduz o risco de bitributação, como mostram os pontos abaixo.
- Fundos imobiliários: FIIs mantêm isenção para pessoa física.
- Ativos do agronegócio: Fiagros seguem sem tributação direta.
- Recebíveis: CRIs e CRAs permanecem livres de imposto.
Quando as novas regras entram em vigor e o que pode mudar?
A MP 1303 precisa ser aprovada até 8 de outubro de 2025 para não perder validade. Caso avance, as novas regras passam a valer em janeiro de 2026, respeitando o princípio da anterioridade tributária.
Até lá, o texto pode sofrer alterações no Congresso. O desfecho definirá se o investidor enfrentará um novo patamar de tributação ou se haverá ajustes para reduzir impactos sobre rentabilidade e segurança financeira.




